PLANOS DE MARKETPLACE
Entre julho e setembro, a participação de vendas do marketplace na brasileira Nova Pontocom cresceu para 11,86 por cento, ante apenas 1,94 por cento no mesmo período do ano passado. O marketplace da companhia funciona no site do Extra, consistindo em uma plataforma em que lojistas disponibilizam seus produtos dentro do site da companhia a seus consumidores.
O ambiente, que permite aos consumidores comprar artigos de diferentes varejistas usando um mesmo carrinho em um único portal, é visto como importante agregador de receita e rentabilidade para as grandes empresas de comércio eletrônico.
Isso porque as companhias cobram comissão sobre os produtos vendidos em troca da exposição dos lojistas em seus sites, mas a responsabilidade pela armazenagem e entrega é dos associados. Maiores concorrentes da Nova Pontocom, B2W e Walmart também operam marketplaces no país.
Em atualização do prospecto apresentado à SEC na véspera, a Cnova disse acreditar que seu marketplace brasileiro está mostrando um avanço similar ao francês, com cerca de 9 por cento das receitas brutas sendo geradas pelo marketplace 16 meses após seu lançamento, ante percentual de 8 por cento na França para igual etapa.
Na CDiscount, a participação das vendas do marketplace também subiu no terceiro trimestre, passando de 12,5 para 20,5 por cento na comparação anual.
No primeiro trimestre, a Cnova começou a ofertar na França um serviço de armazenagem, preparação, transporte e atendimento ao cliente para os vendedores do marketplace, mediante o pagamento de uma taxa. Segundo a Cnova, a intenção é oferecer serviços similares no Brasil, conforme informou no prospecto.
Entre as demais iniciativas implementadas na França que poderão vir para o país também estão um serviço de análise de vendas para os vendedores do marketplace, além de um programa que oferece àqueles que possuem lojas físicas a opção de oferecer entrega com "disponibilidade imediata" com base em geolocalização.
Ao mesmo tempo em que vem apostando fichas no marketplace, a Cnova viu as vendas fechadas por smartphones e tablets crescerem substancialmente.
Na operação brasileira, essa participação passou de 3,95 por cento no terceiro trimestre de 2013 para 9,8 por cento no mesmo período deste ano. Nas mesmas bases, a CDiscount viu avanço de 12,2 por cento para 19,3 por cento.
"Estamos focados no desenvolvimento contínuo das nossas plataformas móveis, conforme esperamos que as vendas com dispositivos móveis se tornem uma parte cada vez mais importante do nosso negócio", disse a empresa na atualização do prospecto.
(Por Marcela Ayres)