28 de maio de 2018 | 19h01
BRASÍLIA – Uma das entidades mais resistentes quanto ao fim da greve, a Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA) orientou os trabalhadores nesta segunda-feira, 28, para que "avaliem com cuidado" a decisão sobre continuar ou não em greve, "sob pena de perderem conquistas históricas da categoria". Àqueles que entenderem que as propostas do governo ainda não atendem suas reivindicações, a entidade pediu que liberem, ao menos, a circulação de cargas consideradas essenciais.
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Em nota, a CNTA listou cinco itens que devem ter passagem liberada por aqueles que decidirem continuar parados: combustíveis, inclusive gás de cozinha, produtos destinados à merenda escolar, produtos destinados à saúde pública e hospitais, leite e veículos identificados como sendo da Defesa Civil.
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A nota foi divulgada após assembleia na qual a CNTA avaliou o pacote de medidas anunciado pelo governo na noite desse domingo, 27. O comitê reúne principalmente lideranças de caminhoneiros de Curitiba e região.
Outras entidades que representam caminhoneiros foram mais firmes ao se posicionar nesta segunda-feira, orientando que todos os motoristas voltem ao trabalho.
A Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), que no início da greve também resistiu a aceitar propostas do governo, afirmou hoje que "não são mais caminhoneiros que estão fazendo greve", e sim um grupo de intervencionistas infiltrados, ligados a partidos políticos. O presidente da entidade, José da Fonseca Lopes, rechaçou a vinculação com aqueles que continuam nas rodovias. "Os caras querem dar um golpe neste País e eu não vou fazer parte disso", afirmou.
O governo também investiga a infiltração de movimentos políticos na greve. A Polícia Federal deve começar a prender líderes de caminhoneiros que resistirem ao fim da paralisação.
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