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Coca-Cola e Ambev fecham acordo e param de se alfinetar

Por Agencia Estado
Atualização:

Fim do primeiro round da guerra dos guaranás. Deu empate. A Coca-Cola e a AmBev fecharam acordo, na noite de ontem, intermediado pelo Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária (Conar), em que param de veicular campanhas publicitárias trocando farpas. A da Coca-Cola tem como garoto-propaganda o tenista Gustavo Kuerten, o Guga, jogando uma latinha do guaraná Antarctica de um lado para o outro, até que pede ao vendedor que jogue direito, e este lhe manda um Kuat. A da AmBev mostra que "os gringos" da Coca-Cola patrocinam várias seleções de futebol e, por isso, não podem dizer que estão torcendo pelo Brasil. E também faz uma ironia, dizendo que "eles" (os gringos) ?chamam isso de guaraná?, mostrando a latinha de Kuat. A campanha de Kuat foi criada pela DPZ e a do guaraná Antarctica pela Carillo, Pastore Euro RSCG. Na nota oficial que divulgou hoje, o Conar esclarece que "ambos os anunciantes, membros do quadro associativo do Conar, reafirmaram o cumprimento dos objetivos da auto-regulamentação publicitária, entre os quais buscar a harmonização do mercado e evitar apelos ao Poder Judiciário, em assuntos que possam ser solucionados no âmbito do próprio Conar". Apesar da nota, há informações de que a Coca-Cola, antes de recorrer ao Conar, na terça-feira, teria tentado liminares na Justiça na segunda-feira, devido ao caráter xenófobo, a expressão "gringos", da campanha do concorrente. Assunto encerrado, pelo menos por enquanto. Mas as duas empresas seguem na disputa pelo mercado de refrigerantes onde cada ponto porcentual equivale a R$ 120 milhões. Hoje, de acordo com dados de abril do Instituto AC.Nielsen, a Coca-Cola detém uma fatia de 51,6% do mercado brasileiro de refrigerantes, que gira em torno de R$ 12 bilhões anuais, enquanto a AmBev tem uma fatia de 16,2%, onde a liderança é do guaraná Antarctica. São esses números e o valor do mercado que estimulam as disputas.

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