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Collor rasga relatório do Dnit e chama técnicos do TCU de ‘incompetentes’

Rompantes do senador foram durante reunião da Comissão de Infraestrutura do Senado que analisa obras em rodovias

Por Economia & Negócios
Atualização:

Texto atualizado às 19h50

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SÃO PAULO - O senador Fernando Collor (PTB-AL) lembrou os antigos rompantes do curto período em que esteve na Presidência da República (1990-1992) e rasgou um relatório do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) diante das câmaras da TV Senado. 

Collor também chamou os técnicos do Tribunal das Contas da União de "prepotentes, incompetentes, inexperientes", segundo informou o Blog do Senado.

Collor disse que as informações do relatório eram "falseadas" e que o Senado não podia aceitar o documento com dados falsos. A cena foi durante reunião da Comissão de Serviços de Infraestrutura do Senado, que é presidida pelo senador.

As informações enviadas pelo Denit eram sobre a situação das obras em rodovias federais.

Os senadores Acir Gurgacz (PDT-RO) e Valdir Raupp (PMDB-RO) informaram que, há dias, estiveram na BR 364 em Rondônia e constataram que não havia obras em andamento. No relatório, o Dnit informava que as obras tinham recomeçado na última semana de abril.

"Os integrantes desta comissão, nós não podemos aceitar informações falseadas. Nós temos é que rasgar isso aqui e devolver para o diretor-geral do Dnit, para que ele tome providências", afirmou Collor.

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Em seguida, ele rasgou o documento e solicitou a um servidor da Comissão que colocasse os pedaços dos papéis rasgados em um envelope e encaminhasse para o diretor do Dnit, alegando que a comissão não aceitaria mais as "mentiras" que ali constavam.

Em nota, o Dnit assegurou que o relatório "traduz a realidade do momento em que as informações foram levantadas, no último final de semana". Segundo o departamento, os dados foram fornecidos de forma isenta.

Sobre a restauração do lote 2 da BR-364, em Rondônia, o órgão afirma que a obra já possui 130 trabalhadores, 33 máquinas, três usinas de asfalto, uma usina de solos e duas recicladoras.

 

Técnicos do TCU são 'prepotentes'

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Collor criticou o que classificou de 'exagero' de técnicos do Tribunal de Contas da União (TCU) de paralisar as obras e reduzir valores das licitações. Ele citou o exemplo da BR 101 em Pernambuco, paralisada pelo TCU, que teria mandado repactuar o valor de R$ 142 milhões para R$ 133 milhões.

A empresa, como informou o presidente da CI, não aceitou a correção e houve a rescisão do contrato. Foi realizada então outra licitação, mas nenhuma empresa se apresentou. Em uma segunda licitação, disse o senador, a proposta mínima foi de R$ 182 milhões.

"Esse TCU tem que colaborar. Esses técnicos do TCU também, prepotentes, incompetentes, inexperientes, que ficam criando dificuldades as mais extravagantes e, o pior é que, em nome da boa execução financeira da obra, e não é! As obras que estão paralisadas têm um preço, no final, duplicado, triplicado", disse Collor.

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