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Com ajustes, dólar espelha mercado externo e fica em alta

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Por Silvio Cascione
Atualização:

A queda das commodities e a valorização global do dólar prevaleceram no mercado brasileiro nesta quinta-feira, com alta de 0,68 por cento da moeda norte-americana, para 1,633 real. O dólar chegou a cair no início do dia, mas passou a se valorizar no final da manhã ao mesmo tempo em que o petróleo perdia força nos Estados Unidos e que o dólar recuperava espaço diante de outras moedas no exterior. "Com a oscilação dos preços das commodities e do petróleo, o dólar acabou retornando a níveis mais elevados", disse João Eduardo Santiago, operador do Banco Alfa de Investimento. O petróleo caiu 2,56 dólares por barril nos Estados Unidos. Às 16h18, o dólar subia 0,11 por cento em relação a uma cesta com as principais moedas, e o índice Reuters-Jefferies de commodities tinha baixa de 1,91 por cento. Um dos motivos para a valorização do dólar no mercado internacional era o mesmo que sustentava a alta de mais de 1 por cento das bolsas em Nova York: o crescimento maior do que o esperado da economia dos Estados Unidos no segundo trimestre, de 3,3 por cento em taxa anualizada. Segundo Milton Mota, operador da SLW Corretora, pesou também no mercado brasileiro a disputa em torno da formação da última Ptax (taxa média do dólar) do mês. A taxa será definida na sexta-feira e será usada na liquidação de contratos futuros em vencimento. "É um ajuste por causa da formação da Ptax", disse. Como muitos agentes diminuíram suas posições vendidas em dólar em relação ao final do mês passado --indicando uma aposta maior na alta da moeda norte-americana--, a pressão pela alta da taxa de câmbio também é maior. Entre terça e quarta-feira, no entanto, os estrangeiros voltaram a vender derivativos cambiais com força na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F), indicando uma possível volta à estratégia anterior. Eles, que tinham 194 milhões de dólares em posições compradas em derivativos cambiais na terça-feira, passaram a exibir 2,2 bilhões de dólares em posições vendidas no final do dia seguinte. O Banco Central realizou um leilão de compra de dólares na metade da sessão, com taxa de corte de 1,6224 real. Somente uma das propostas divulgadas foi aceita, segundo um operador. (Edição de Vanessa Stelzer)

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