
18 de fevereiro de 2021 | 07h30
Atualizado 18 de fevereiro de 2021 | 19h24
Os principais índices do exterior fecharam em queda nesta quinta-feira, 18, à medida que investidores realizaram lucros após o movimento de alta recente apoiado pela vacinação contra o coronavírus e a expectativa de retomada mais rápida da economia. Na Europa, perspectiva de alta da inflação e balanços negativos prejudicaram os índices.
Repetindo movimento de ontem, os mercados seguem pessimistas quanto às perspectivas para a inflação na Europa. A leitura é que uma possível disparada no nível de preços segure a recuperação econômica local após a crise do coronavírus. Além disso, o desempenho misto de Nova York nas últimas sessões também afeta os índices.
Balanços trimestrais de empresas listadas também movimentaram as bolsas europeias hoje e contribuíram para o viés de baixa dos índices. O Barclays fechou em queda de 4,44%, após o banco divulgar lucro menor no 4° trimestre. Em Paris, a ação do Carrefour recuou 0,61%, depois de ter subido durante a manhã. A rede de supermercados registrou queda no lucro em 2020. Já a ação da Airbus teve recuo maior, de 2,78%, com o prejuízo liquido em 2020 da companhia. Já a gigante Walmart registrou prejuízo líquido de US$ 2,09 bilhões em seu quarto trimestre.
Nova York fechou em baixa hoje, em sessão marcada por indicadores com resultado abaixo do esperado nos Estados Unidos, levando pessimismo ao mercado. O ramo de tecnologia teve baixas importantes, mas o Twitter contrariou a tendência e avançou em mais uma sessão.
No noticiário, o dia foi marcado pela audiência na Câmara dos Representantes dos EUA sobre os movimentos especulativos do caso da Gamestop. O CEO da Robinhood, Vlad Tenev, afirmou que o "modelo de negócios está funcionando para os americanos comuns". Já as ações da Gamestop despencaram 11,43% no dia. Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq tiveram baixas de 0,38%, 0,44% e 0,72% cada.
As Bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam sem direção única nesta quinta. A Bolsa de Tóquio caiu 0,19%, enquanto a de Hong Kong cedeu 1,58% e a de Seul teve baixa de 1,50%. Já a Bolsa de Taiwan subiu 0,38%.
Na China, os mercados voltaram a operar após uma semana de feriados por ocasião do ano-novo lunar. A Bolsa de Xangai avançou 0,55%, mas a de Shenzhen caiu 0,41%. Na Oceania, a Bolsa australiana encerrou a sessão praticamente estável e teve alta marginal de 0,01% em Sydney.
A divulgação da ata do Banco Central Europeu (BCE), sem grandes novidades segundo relatório da Capital Economics, não teve grandes repercussões nas bolsas. O documento reafirmou o compromisso da entidade monetária quanto à sua política monetária acomodatícia e apontou para os impactos da pandemia de covid-19 na economia europeia nos últimos meses e para o cenário a curto prazo.
O índice pan-europeu Stoxx 600, que concentra as principais empresas da região, caiu 0,82%. A Bolsa de Londres cedeu 1,40%, a de Paris teve baixa de 0,65% e a de Frankfurt recuou 0,16%. Milão, Madri e Lisboa tiveram quedas de 1,11%, 0,80% e 2,43% cada.
O petróleo fechou em queda nesta quinta, corrigindo avanços recentes por conta do choque na produção da commodity nos Estados Unidos com a onda de frio no Golfo do México. Após estenderem os ganhos de ontem durante a manhã, os contratos futuros de petróleo inverteram o sinal logo antes da divulgação dos estoques de petróleo nos EUA na semana passada pelo Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) americano.
O WTI para abril fechou em queda de 1,03%, cotado a US$ 60,53 o barril, enquanto o Brent para igual mês recuou 0,64%, a US$ 63,93 o barril./ MAIARA SANTIAGO, GABRIEL CALDEIRA, MATHEUS ANDRADE E SERGIO CALDAS
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