O forte avanço do dólar ante o peso chileno, de mais 4%, reflexo do cenário político conturbado no país, contamina o humor de outras moedas emergentes como o real. O dólar renovou máximas ante a moeda brasileira no fim da manhã, chegando a máxima do dia de R$ 4,1875. A proposta de promulgar uma nova Constituição tem avançado no Chile como forma de conter a insatisfação popular.
O Ibovespa renovava mínimas, com queda de mais de 1%, chegando aos 106 mil pontos, em meio às preocupações com países emergentes, especialmente da América do Sul, na contramão do avanço das Bolsas de Nova York e europeias antes do discurso do presidente americano, Donald Trump, em um evento nesta tarde.
Às 12h21, o Ibovespa caía 1,05%, aos 107.235 pontos. O S&P500 tinha alta de 0,43% e a Bolsa de Londres subia 0,7%. O dólar à vista tinha alta de 0,30%, a R$ 4,1730.
Na Bolsa, as ações da Vale caíam, mesmo com alta de 2,45% do minério de ferro na China. Os papéis da Petrobrás também cediam, embora o petróleo esteja em leve alta.
As ações ON de Embraer caíam perto de 3%, após a empresa divulgar números "fracos" no terceiro trimestre com aumento de 501% no prejuízo atribuído ao acionista.
No Congresso Nacional, sem acordo para votação, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara retoma nesta terça-feira a discussão sobre a possibilidade de prisão após condenação em segunda instância. Os deputados da oposição e de alguns partidos do chamado Centrão devem manter a obstrução aos trabalhos. A proposta de emenda constitucional (PEC) 410/2018 já é considerada morta até por parlamentares a favor da Lava Jato. / Colaboraram Eduardo Gayer e Niviane Magalhães