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Com crise, PIB da Alemanha cai 0,5% no 2º trimestre

Por CLARISSA MANGUEIRA E NATHÁLIA FERREIRA
Atualização:

A maior economia da Europa não agüentou e sucumbiu à crise. O Produto Interno Bruto (PIB) da Alemanha apresentou contração no segundo trimestre deste ano, pressionado pela cautela dos consumidores e pela queda na atividade do setor de construção civil, segundo dados divulgados hoje pelo Escritório Federal de Estatísticas. O Produto Interno Bruto (PIB) alemão caiu 0,5% no período entre abril e junho de 2008, ajustado pelos efeitos sazonais e de calendário, depois de subir 1,3% no intervalo anterior. A taxa de crescimento anual aumentou 1,7%, ajustada sazonalmente. Os dados aumentam os temores de recessão no continente europeu e ampliam a expectativa sobre desaperto monetário pelo Banco Central Europeu (BCE), diante da fragilidade da economia dos Estados Unidos. Atividades "O desenvolvimento econômico no segundo trimestre de 2008 foi afetado pelo declínio da atividade doméstica", informou o escritório, em comunicado divulgado junto com os dados. O órgão destacou ainda que a desaceleração no setor de construção teve o maior peso no resultado do PIB. O investimento da construção caiu 3,5% no segundo trimestre, depois de apresentar alta de 5,7% no período anterior. O escritório também atribuiu a queda aos consumidores privados, cuja atividade permanece "inibidora para o crescimento". O consumo privado recuou 0,7%, comparado com a queda de 0,4% no primeiro trimestre. Já as exportações caíram 0,2%, depois de subirem 2,1% no primeiro trimestre de 2008. O investimento em máquinas e equipamentos teve queda de 0,5%, depois de registrar alta de 1,6% no intervalo anterior. Empresários A confiança empresarial na Alemanha despencou em agosto para o menor nível em três anos, enquanto o índice que mede as expectativas das empresas caiu para o menor patamar desde fevereiro de 1983, quando a Alemanha estava em recessão. O índice Ifo de clima empresarial, divulgado hoje, caiu para 94,8 em agosto, de 97,5 em julho, informou o Instituto Ifo. Praticamente todas as 7 mil empresas que participaram da pesquisa ficaram mais pessimistas sobre a situação atual e a perspectiva para os negócios. O índice que mede as expectativas caiu para 87, de 89,9 em julho. O indicador sobre a situação atual recuou para 103,2 em agosto, de 105,6 em julho. As informações são da Dow Jones.

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