
02 de setembro de 2020 | 07h00
Atualizado 02 de setembro de 2020 | 18h44
Com exceção da Ásia, onde os índices ficaram sem sentido único, as principais Bolsas do exterior fecharam em alta nesta quarta-feira, 2, ainda apoiados pelos indicadores positivos divulgados ontem, em um dia marcado pela agenda econômica mais esvaziada e pela falta de acontecimentos que afetassem com mais força os índices.
Outra virada de Trump?
Dados positivos dos Estados Unidos e da China voltaram a alimentar otimismo sobre a recuperação da economia mundial, após o violento impacto da covid-19, e há também expectativa de novos estímulos fiscais de Washington. Indicadores melhores que o esperado das economias dos dois países continuaram no radar dos investidores - inclusive dos europeus, após as perdas vistas no pregão da última terça-feira, 1.
Com isso, voltou a crescer nos mercados a perspectiva de que talvez o pior da crise do coronavírus já tenha passado, ao menos na economia, apesar do vírus ainda avançar em algumas regiões e da possibilidade, a ser confirmada ainda nesta semana, de que talvez o mercado de trabalho dos Estados Unidos ainda precise de mais tempo para se recuperar, com a possível diminuição da geração de vagas em alguns Estados.
Já na Ásia, assim como no Brasil, os índices tiveram um dia de correção, após os ganhos do pregão anterior. O chinês Xangai Composto recuou 0,17% e o Shenzhen Composto subiu 0,46%, ajudado por papéis ligados a serviços ao consumidor e tecnologia, enquanto o Nikkei subiu 0,47% em Tóquio, com o bom desempenho do segmento de eletrônicos. Já o sul-coreano Kospi se valorizou 0,63%, o Hang Seng caiu 0,26% em Hong Kong e o Taiex registrou baixa marginal de 0,03% em Taiwan. Já a Bolsa australiana avançou 1,84% em Sydney.
No mercado europeu, as perdas do dia anterior foram recuperadas hoje, em sintonia com a melhora de Nova York - por lá, o Stoxx 600 encerrou com alta de 1,66%. As Bolsas do velho continente também fecharam o dia com ganhos consistentes: Frankfurt subiu 2,07%, Londres teve ganho de 1,35% e Paris avançou 1,90%. Já Milão, Madri e Lisboa tiveram ganhos de 1,34%, 0,57% e 0,52% cada.
Alguns dos maiores ganhos desta quarta foram registrados em Nova York: o Dow Jones teve alta de 1,59%, o S&P 500 avançou 1,53% e o Nasdaq subiu 0,98% - com os dois últimos índices voltando a bater recordes de fechamento. Por lá, nem mesmo o conteúdo divulgado no Livro Bege do Federal Reserve (Fed, o BC americano), que apontou para uma desaceleração do crescimento do emprego em cidades dos EUA, conseguiu segurar os ganhos.
Os contratos futuros de petróleo fecharam em forte baixa nesta terça-feira, pressionados pelo dólar forte e cortes menores do que o esperado pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). Neste cenário, a forte queda nos estoques da commodity nos Estados Unidos reportada pelo Departamento de Energia do país hoje teve apenas efeito marginal sobre os preços. Na semana passada, as reservas caíram 9,362 milhões de barris, muito acima da previsão de recuo de 1,8 milhão de barris.
O contrato do WTI para outubro fechou em queda de 2,92%, a US$ 41,51 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para novembro baixa 2,52%, a US$ 44,43 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). /COLABOROU MAIARA SANTIAGO E MATHEUS ANDRADE
Encontrou algum erro? Entre em contato
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.