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Com dividendos e mais arrecadação, governo central tem superávit primário de R$16,6 bi em abril

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Por Redação
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Com a maior arrecadação sazonal em abril e receitas com dividendos de estatais, o governo central (governo federal, Banco Central e Previdência) registrou superávit primário de 16,597 bilhões de reais em abril, fechando o quadrimestre dentro da meta. Segundo informou o Tesouro Nacional nesta quinta-feira, nos quatro primeiros meses do ano, a economia feita para o pagamento de juros acumulou saldo positivo de 29,660 bilhões de reais, um pouco acima da meta de 28 bilhões de reais no período. Segundo o Tesouro, o pagamento de dividendos feitos pelas empresas estatais somou 2,341 bilhões de reais em abril, um pouco abaixo do recorde de 3 bilhões de reais registrados em março. Só de janeiro a abril, essas receitas chegaram a 8,231 bilhões de reais, muito acima do resultado em igual período de 2013 (1,008 bilhão de reais) Ao ser questionado que o governo atingiu a meta do quadrimestre por conta dos dividendos maiores, o secretário do Tesouro, Arno Augustin, apenas afirmou: "A programação de dividendos para 2014 é normal. Programamos para o ano 23 bilhões de reais." No mês passado, informou o Tesouro, as despesas totais somaram 79,438 bilhões de reais, com alta de 3,4 por cento em relação a março. No acumulado do ano, foram 314,707 bilhões de reais, 10 por cento superior a igual período de 2013. Já as receitas líquidas totais atingiram 96,035 bilhões de reais em abril, com aumento mensal de 20,1 por cento, somando 344,367 bilhões de reais entre janeiro e abril, ou 9,9 por cento maior do que os primeiros quatro meses do ano passado. O Tesouro informou ainda que a Previdência Social apresentou déficit de 3,071 bilhões de reais em abril, enquanto o BC mostrou superávit primário de 109,1 milhões de reais. Com cenário fraco da economia para este ano, o governo anunciou meta "mais realista" de superávit primário para o setor público consolidado --governo central, Estados, municípios e estatais-- de 99 bilhões de reais neste ano, ou 1,9 por cento do Produto Interno Bruto (PIB). (Por Luciana Otoni)

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