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Mercados internacionais fecham em baixa com preocupações sobre o coronavírus

Hoje, decisão da Johnson&Johnson e da Eli Lilly de interromper os testes com antídotos contra o vírus, após resultados inesperados, ajudou a derrubar os índices

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Por Redação
Atualização:

As bolsas da Ásia, da Europa e de Nova York fecharam em baixa nesta nesta terça-feira, 13, em meio a indicadores econômicos, mas principalmente com os investidores preocupados com a decisão de duas empresas de suspenderem hoje os testes de antídotos contra o coronavírus, pensando na segurança dos voluntários. 

Hoje, a gigante Johnson&Johnson anunciou que interrompeu os testes de sua vacina contra o coronavírus, que já estava na fase 3 (quando várias pessoas são testadas), após um dos seus voluntários apresentar uma doença inexplicável, que ainda não se sabe a causa. Já na parte da tarde desta terça, foi a vez da farmacêutica Eli Lilly também paralisar os testes de um medicamento contra a covid-19, por causa de preocupações quanto à segurança dos pacientes. As ações da Johnson&Johnson e da Eli Lilly encerraram com baixas de 2,30% e 2,81% hoje.

Mercado de ações da Coreia do Sul Foto: Lee Jin-man/AP Photo

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A informação negativa se somou a um cenário já pessimista de avanço da covid-19, principalmente em países da Europa. Na última segunda-feira, 12, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, fez anúncios sobre novas medidas contra a contra o coronavírus, mas descartou um lockdown nacional. Em vários países  da zona do euro, como a Bélgica, os casos seguem aumentando e levando a preocupações.

Bolsas da Ásia 

Dados oficiais publicados durante a madrugada mostraram que as exportações chinesas tiveram expansão anual de 9,9% em setembro, superando expectativas de acréscimo de 9,6%. No mesmo período, as importações da segunda maior economia mundial deram um salto de 13,2%, bem maior do que o modesto incremento de 0,54% previsto por analistas. Os últimos resultados confirmam que a China continua se recuperando do violento impacto que sofreu com a pandemia do novo coronavírus no começo do ano. 

Com isso, os chineses Xangai Composto e Shenzhen Composto avançaram 0,04% e 0,65%, enquanto o Nikkei subiu 0,18% em Tóquio, mas o sul-coreano Kospi registrou ligeira baixa de 0,02% e o Taiex recuou 0,07% em Taiwan. Já em Hong Kong, os negócios desta terça foram cancelados devido a um alerta de tufão. Na Oceania, a Bolsa australiana ficou no azul, com alta de 1,04%, acumulando ganhos pela sétima sessão consecutiva.

Bolsas da Europa 

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Hoje, foi divulgado que a taxa de desemprego britânica subiu para 4,5% nos três meses encerrados em agosto, acima das expectativas. Os investidores ficaram preocupados porque o maior programa britânico de apoio à economia por causa da pandemia expira no fim do mês e deve ter ainda mais impacto no mercado de trabalho. Já na Alemanha, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) final caiu 0,2% em setembro ante o mesmo mês do ano passado, confirmando a prévia. Lá também o índice ZEW de expectativas econômicas caiu para 56,1 em outubro, bem abaixo da previsão de 74.

Com as incertezas, o Stoxx 600 teve baixa de 0,55%, enquanto Londres cedeu 0,53%, Frankfurt perdeu 0,91% e Paris recuou 0,64%. Já Milão, Madri e Lisboa tiveram perdas de 0,81%, 1,09% e 0,90%.

Bolsas de Nova York

As bolsas de Nova York fecharam em baixa, em um pregão marcado pela volatilidade, após um rali na sessão de ontem. O evento realizado pela Apple para anunciar o iPhone 12 gerou oscilações na ação da empresa, o que pesou ainda mais nos índices acionários. Além disso, os investidores também focaram no início da temporada de balanços corporativos, em um cenário já deteriorado pela proecoupação com o coronavírus. 

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Por lá, Dow Jones recuou 0,55%, o S&P 500 caiu 0,63% e o Nasdaq perdeu 0,10%. Entre as empresas que divulgaram balanço hoje, JP Morgan caiu 1,62%, Citi recuou 4,80%, Delta Air Lines registrou baixa de 2,67% e BlackRock subiu 3,91%. A Amazon, por sua vez, avançou 0,02%, no primeiro dos dois dias de seu evento Prime Day. Já a Boeing registrou perdas de 3,11%, após informar que não recebeu nenhuma encomenda de aeronave em setembro. Apple teve baixa de 2,65%.

Petróleo 

Os contratos futuros de petróleo encerraram a sessão de hoje em alta, reagindo ao avanço melhor do que o esperado em números exportações e importações da China no mês de setembro. A piora em projeções da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) para a demanda da commodity em 2021, por outro lado, conteve os ganhos. Hoje, a Opep cortou a estimativa de crescimento demanda em 2021, de 6,62 milhões de barris por dia (bpd) para 6,54 milhões de bpd. A projeção para 2020, por outro lado, foi mantida em queda de 9,5 milhões de bpd. 

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Apoiado pela China, o WTI para novembro fechou o dia em alta de 1,95%, a US$ 40,20 o barril, retomando, assim, o piso de US$ 40 por barril, enquanto o Brent para dezembro subiu 1,75%, a US$ 42,45 o barril./MAIARA SANTIAGO, MATHEUS ANDRADE E EDUARDO GAYER

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