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Com energia do sol, conta de luz de engenheiro cai de R$ 310 para R$ 35 por mês

Humberto Jantim Neto instalou 10 painéis fotovoltaicos no telhado de casa, que geram em média 450 kWh mensais

Foto do author José Maria Tomazela
Por José Maria Tomazela
Atualização:

SOROCABA – O engenheiro Humberto Jantim Neto é um consumidor que produz a própria energia elétrica no telhado de casa, em Piedade, no interior de São Paulo. Essa autoprodução vem da transformação da energia solar em energia elétrica por meio das placas fotovoltaicas e dispositivos que adequam a corrente elétrica no mesmo padrão da energia convencional fornecida pela companhia de energia.

A miniusina do engenheiro é composta por dez painéis solares (fotovoltaicos) que são capazes de gerar uma média mensal de 450 kWh. “Antes de adotar o sistema, a conta de luz apresentava uma fatura de R$ 310 por mês. Após a montagem das placas sobre o telhado, meu gasto mensal caiu para R$ 35, uma expressiva economia”, disse.

Humberto Jantim Neto produz a própria energia com paineis solares, na cidade de Piedade, interior de São Paulo Foto: Humberto Jantim/Arquivo pessoal

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Ele explica que o mecanismo é simples: quando há luz solar, as células fotovoltaicas presentes nas placas são estimuladas e há geração de corrente elétrica que, ao passar por um dispositivo denominado inversor, é padronizado para o consumo em qualquer eletrodoméstico, como televisão, chuveiro, geladeira, e todo sistema de iluminação da casa.

“Quando ocorre a geração solar fotovoltaica, parte da energia é consumida imediatamente na casa, ou seja, é realizado o autoconsumo imediato. A outra parte não consumida naquele momento é injetada na rede de distribuição da companhia de energia”, acrescenta.

Dessa forma, durante a noite, quando o sistema está inoperante, a residência “captura” de volta essa energia que sobrou durante o dia. “É um mecanismo de compensação. Todo fluxo energético, injetado e consumido é registrado na conta de luz”, explica. Segundo Jantim Neto, o sistema tem durabilidade aproximada de 30 anos, mas se paga em quatro. O projeto foi instalado em agosto de 2016, a um custo de R$ 15 mil.

O engenheiro compartilha a energia que gera no telhado de sua casa com a oficina do pai, que fica ao lado. “Ele fica com 170 kwh e também economiza.” De acordo com Jantim Neto, que também presta consultoria na área, a energia fotovoltaica já tem 50 mil sistemas em geração no Brasil.

Ele acredita que os consumidores estão se encorajando a investir em autoprodução porque as tarifas da energia elétrica estão mais altas. “Temos tido revisões tarifárias anuais da ordem de 18% a 23% nas concessionárias. Sem contar a implicação das bandeiras tarifárias que também influenciam. Se chove menos, os reservatórios das hidrelétricas operam em baixa e há a ligação das termoelétricas, o que eleva o custo. As pessoas sentem o impacto no bolso e buscam alternativas."

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Nesta terça-feira, 22, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) começa a rever uma regra que concede subsídio para consumidores que instalam painéis solares (fotovoltaicos) em suas casas. Criada em 2012 para incentivar a geração distribuída, ela confere redução de 80% a 90% nas contas de luz desses usuários. 

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