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Com impacto da pandemia, Banco Central revisa projeção para o PIB de 2020 de zero para queda de 6,4%

Somente a agropecuária tem estimativa de alta este ano; indústria deve recuar 8,5% e o volume de investimentos, 13,8%

Foto do author Lorenna Rodrigues
Por Fabrício de Castro e Lorenna Rodrigues (Broadcast)
Atualização:

BRASÍLIA - Na esteira dos impactos da pandemia do novo coronavírus sobre a economia brasileira, o Banco Central promoveu nesta quinta-feira, 25, forte corte em sua projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2020. A expectativa para a economia este ano passou de zero para retração de 6,4%. A nova estimativa consta no Relatório Trimestral de Inflação (RTI), divulgado hoje. 

Sede do Banco Central em Brasília (DF). Foto: Dida Sampaio/Estadão

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Entre os componentes do PIB, o BC alterou de alta de 2,9% para 1,2% a projeção para a agropecuária, o único que ainda apresenta projeção positiva. No caso da indústria, a estimativa passou de -0,5% para -8,5% e, para o setor de serviços, de zero para -5,3%. Do lado da demanda, o BC reduziu a estimativa do consumo das famílias, de +0,8% para -7,4%. No caso do consumo do governo, o porcentual projetado foi mantido em +0,2%. 

O documento indica ainda que a projeção de 2020 para a Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF) - indicador que mede o volume de investimento produtivo na economia - foi de -1,1% para -13,8%. Todas as estimativas anteriores constavam do RTI divulgado em março. 

Inflação

Segundo o RTI, a projeção para o IPCA, o índice oficial de preços, é de 1,9% para este ano - no documento anterior, a estimativa era de uma inflação de 3%. Nos cálculos do cenário de referência, o BC considerou uma Selic de 3,00% ao ano e dólar cotado a R$ 4,95.

A meta de inflação perseguida pelo BC para este ano é de 4,0%, com margem de 1,5 ponto (taxa de 2,5% a 5,5%). Em maio, o IPCA registrou deflação de 0,38%, o que levou a taxa acumulada em 12 meses para 1,88%, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).