
10 de dezembro de 2018 | 11h42
Atualizado 10 de dezembro de 2018 | 18h52
O mau humor prevaleceu nos mercados, em meio aos temores de desaceleração global e ao adiamento por tempo indeterminado da votação, no Parlamento britânico, do acordo sobre o Brexit fechado entre o governo da primeira-ministra Theresa May e a União Europeia.
O Ibovespa terminou com perda de 2,50%, aos 85.914,71 pontos, na mínima da sessão. Foi o terceiro recuo consecutivo, também influenciado pelo desconforto com o cenário local, sobretudo pelas movimentações financeiras suspeitas de um ex-assessor do senador eleito Flávio Bolsonaro, filho do presidente eleito, Jair Bolsonaro.
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O dólar, afetado ainda pelas remessas de fim de ano ao exterior, engatou a quinta alta consecutiva e terminou com valorização de 0,69%, a R$ 3,9223, no segmento à vista - maior cotação em dez dias. Após o encerramento dos negócios, o Banco Central anunciou dois leilões de linha de até US$ 1 bilhão.
A maior queda na Bolsa brasileira ficou com Gol PN (-7,12%), num comportamento atribuído em parte à alta do dólar e em parte a um movimento de correção de ganhos recentes. Já as ações da Petrobrás perderam 4,96% (ON) e 5,37% (PN).
Os desentendimentos entre integrantes do PSL, partido de Bolsonaro, e protestos de caminhoneiros também causaram incômodo.
A aversão ao risco levou à alta generalizada do dólar e à queda das bolsas e das commodities. Enquanto os índices acionários europeus encerraram em baixa, em Wall Street as bolsas tentavam alguma recuperação apoiada pelos papéis do setor de tecnologia.
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