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Com Lava Jato, não sobrou grande empreiteira para projeto, diz presidente do BNDES

Rabello disse que o processo de limpeza do Brasil é 'fundamental e inadiável', mas que é preciso ensinar aos procuradores que 'da caneta deles' saem desemprego

Foto do author Eduardo Laguna
Por Eduardo Laguna (Broadcast)
Atualização:

SÃO PAULO - O presidente do BNDES, Paulo Rabello de Castro, criticou hoje a falta de "economicidade" das decisões judiciais e disse que é preciso ensinar economia aos procuradores da Lava Jato. Junto com o baixo apetite das empresas em realizar investimentos, ele citou como um dos motivos para a queda dos financiamentos no País a perda de cadastro no banco por grandes empreiteiras enredadas pela operação que investiga desvios na Petrobras. 

"De um lado, falta apetite no setor privado. Do lado dos grandes projetos, eles estão sob o efeito lavajático. Não sobrou praticamente uma única grande empreiteira com cadastro para fazer o próximo negocio dentro do banco", comentou Rabello em palestra proferida na sede da Associação Comercial de São Paulo (ACSP). "Estão jogando fora o bebê junto com a água do banho. Não há economicidade nas decisões judiciais", acrescentou. 

"Chegou a hora de o BNDES resgatar os investimentos de todos nós brasileiros na JBS”, afirmou Castro em sua conta no Twitter Foto: Felipe Rau/Estadão

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Rabello disse que o processo de limpeza do Brasil é "fundamental, imprescindível e inadiável", mas que é preciso ensinar aos procuradores que "da caneta deles" saem desemprego e fechamento de empresas.

"A punição para o empresário que se envolveu em mal feito é trabalhar mais, associar-se ao País - ao invés de associar-se ao mal feito -, lucrar mais, terminar a obra", assinalou o presidente do BNDES, que ainda fez um paralelo com a JBS, frigorífico em que o banco é um dos principais acionistas. 

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Segundo ele, não se pode permitir que a JBS "afunde" o sistema pecuário brasileiro como punição aos crimes cometidos por seus controladores, os irmãos Joesley e Wesley Batista, que fizeram delação que atingiu, entre outros políticos, o presidente Michel Temer (PMDB).

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