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Com mais álcool na gasolina, distribuidoras baixaram preços

Repasse ao consumidor será imediato e preços cairão o mesmo valor nos postos

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Por Redação
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O preço da gasolina vendida pelas distribuidoras aos postos de combustíveis está, em média, R$ 0,02 mais baixo a partir desta terça-feira, 3, por conta do aumento de 23% para 25% na mistura do álcool anidro, em vigor desde domingo. De acordo com o Sindicato do Comércio Varejista de derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro), o repasse ao consumidor será imediato e nesta quarta-feira, 4, os preços devem cair o mesmo valor nos postos. "O que a distribuidora passa para nós, a gente repassa", resumiu o presidente regional do Sincopetro em Ribeirão Preto, Renê Abbad. Na cidade paulista, o preço do álcool hidratado dos postos ligados às grandes distribuidoras também está em queda. Hoje, postos já comercializam o combustível há R$ 1,10 o litro. Ou seja, 8,33% mais barato que o R$ 1,20 cobrado até então, graças, principalmente, à redução na margem de lucro de alguns postos, já que o preço pago pelos estabelecimentos junto às distribuidoras varia de R$ 0,89 a R$ 0,91. Apesar de pressionar a demanda em cerca de 33 milhões de litros de álcool anidro por mês, o aumento de dois pontos percentuais na mistura à gasolina ainda não foi refletido no preço pago pelas distribuidoras às usinas. De acordo com a pesquisadora Marta Marjotta-Maistro, do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP), nesta semana o mercado ainda está calmo e o preço estável nas unidades produtoras, sem reflexos da mudança na mistura. Na semana passada, o preço médio do álcool hidratado registrou queda de 0,59% e fechou em R$ 0,57646 o litro nas usinas paulistas, de acordo com o Cepea. Já para o anidro, a baixa foi de 1,04%, para R$ 0,66221 o litro. Mesmo com a queda, o número de negócios de anidro foi ligeiramente maior, possivelmente por conta do aumento do percentual da mistura, de acordo com o Cepea. Em junho, o indicador do anidro acumulou baixa de 23,6% em relação a maio, com média de R$ 0,67507 o litro (sem impostos) no período. Para o hidratado, a queda foi de 14,9%, para média mensal de R$ 0,58786 o litro (sem impostos) nas unidades produtoras.

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