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Com mais álcool na gasolina, inflação será menor

Segundo a Fipe, o impacto de uma redução dos preços da gasolina, decorrente do aumento na mistura, sobre a inflação de SP deve ser de -0,04 ponto porcentual

Por Agencia Estado
Atualização:

O impacto de uma redução dos preços da gasolina sobre a inflação de São Paulo deve ser de -0,04 ponto porcentual. O cálculo foi feito pelo coordenador do Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da USP (IPC-Fipe), Paulo Picchetti, com base no depoimento de representantes do Ministério da Agricultura de que o preço do combustível pode sofrer redução de até 1,5% com o aumento da mistura do álcool na gasolina de 20% para 23% a partir de 20 de novembro. "O impacto é pequeno porque a redução de preços é pequena", considerou o coordenador do índice, Paulo Picchetti, lembrando que o peso do combustível no IPC é de 2,65%. Ele ressaltou, no entanto, que os preços dos combustíveis não são definidos pelo governo e que, portanto, esta projeção do Ministério pode não ser totalmente colocada em prática. "Precisamos saber o quanto o dono de cada posto vai reduzir o preço para ter um número mais correto", explicou. Incertezas a respeito do comportamento de itens do grupo Transportes cercam a inflação na capital paulista até o final do ano. Na sexta-feira da semana passada, circulou a informação de que uma negociação dos reajustes nas tarifas do metrô e do ônibus na cidade seja efetivada entre a Prefeitura e o governo estadual. Na ocasião, Picchetti calculou que o impacto do aumento dos preços dos bilhetes dos transportes públicos de São Paulo sobre o IPC em um mês seria de 0,76 ponto porcentual caso a medida se confirme. A pressão altista, porém será muito superior ao benefício trazido com a possível redução dos preços da gasolina (-0,04 pp). Atualmente, a expectativa de Picchetti para o índice de 2006 é a de uma alta de 1,6%, sem considerar os efeitos trazidos pelas duas medidas citadas acima. No mercado financeiro, de acordo com a mediana da pesquisa Focus do Banco Central, a estimativa para a inflação de São Paulo é de 1,74%.

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