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Com medo de calote, BB faz provisão extra de R$ 1,7 bi

Por AE
Atualização:

O Banco do Brasil anunciou ontem à noite que fez provisão extra de R$ 1,7 bilhão para cobrir eventuais prejuízos com calotes em operações de crédito. A instituição explica que a decisão foi tomada "diante da atual conjuntura econômica" e que a ação reforça a prudência e o conservadorismo do banco. O BB nega que a provisão tenha sido necessária para cobrir eventual onda de inadimplência gerada pela crise financeira. A medida mostra, no entanto, que o banco trabalha com um cenário pior para o crédito no futuro. O valor adicional destinado à cobertura de possíveis calotes é mais do que foi provisionado em todo o terceiro trimestre de 2008 (R$ 1,3 bilhão) e corresponde a 36% do valor reservado durante os nove primeiros meses do ano passado (R$ 4,7 bilhões). O balanço do quarto trimestre ainda não foi divulgado. Em comunicado, a direção do banco admite que o cenário econômico fez a instituição revisar os "modelos estatísticos de perda esperada de crédito". Esse quadro poderia, eventualmente, impactar o resultado da instituição. O BB classifica a decisão como uma "ação preventiva" porque a provisão é superior à exigida pelo Banco Central. O banco federal nega que a medida tenha relação com uma eventual deterioração da qualidade da sua carteira de crédito. Segundo a assessoria de imprensa do BB, "dados do terceiro trimestre mostram o contrário", com inadimplência mais baixa que a média. Números do quarto trimestre, que ainda não foram fechados, indicariam que o calote continuaria inferior ao registrado nos concorrentes. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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