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Com pagamento do 13º, poupança tem 1º saldo positivo do ano

Caderneta registrou entrada de R$ 1,8 bilhão em novembro, mas ainda acumula resgate de R$ 51,3 bilhões no ano

Por Fabrício de Castro
Atualização:
Famílias recorrem aos recursos da poupança para fechar as contas Foto:

O volume de recursos que os investidores depositaram na poupança em novembro, já descontados os saques, somou R$ 1,881 bilhão, informou o Banco Central. Foi o primeiro mês de captação líquida para a poupança desde dezembro do ano passado. Em novembro de 2015, a poupança havia registrado saque líquido de R$ 1,303 bilhão e, em outubro deste ano, saída líquida de R$ 2,712 bilhões.

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Em 2016 até o momento, em função da crise econômica, que faz as famílias recorrerem aos recursos da poupança para fechar as contas, foram verificados saques líquidos em todos os meses, com exceção de novembro, totalizando uma saída de R$ 51,370 bilhões da caderneta.

No mês passado, de acordo com o BC, o total de aplicações foi de R$ 169,774 bilhões e o de saques, de R$ 167,892 bilhões. O estoque do investimento na poupança está em R$ 650,260 bilhões, já considerando os rendimentos de R$ 4,039 bilhões de novembro. 

O desempenho em novembro foi inflado pelo pagamento da primeira parcela do 13º salário, que é feito pelas empresas até o dia 30. Foi justamente o dia 30 de novembro que registrou o maior volume de recursos entrando na poupança: R$ 6,164 bilhões líquidos.

No acumulado do ano, porém, a deterioração da caderneta se dá por conta da piora do cenário econômico, com a alta da inflação e do aumento do desemprego. Além disso, outros investimentos se tornaram mais atrativos ao apresentarem rentabilidade maior. A remuneração da poupança é formada por uma taxa fixa de 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial (TR) - esse cálculo vale para quando a Selic (a taxa básica de juros) está acima de 8,5% ao ano. Atualmente, ela está em 13,75% ao ano. 

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