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Dólar cai mais de 2% e fecha no menor valor desde julho de 2015

Moeda americana fechou cotada a R$ 3,36, pressionada por dados econômicos da China e com a perspectiva de que o BC não intervirá no câmbio

Por Silvana Rocha e Lucas Hirata
Atualização:
 Foto: Public Domain

O dólar no mercado à vista encerrou em baixa pela sexta sessão consecutiva nesta quarta-feira, 8, com queda de 2,28%, aos R$ 3,3689. Este é o menor valor desde 29 de julho de 2015 (R$ 3,330) e o recuo mais acentuado desde 11 de abril de 2016 (-2,76%). Na mínima intraday (ao longo da sessão), a divisa chegou a tocar R$ 3,3669, patamar mais baixo desde 31 de julho de 2015 (R$ 3,3360). O giro à vista somou cerca de US$ 1,485 bilhão. 

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O movimento foi direcionado pela perspectiva de que o novo presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, deve permitir um dólar mais fraco para ajudar a direcionar a inflação ao centro da meta, de 4,5%. Expectativas sobre fluxo cambial positivo de captações corporativas, melhora da percepção sobre a economia chinesa e avanço dos preços de commodities também contribuíram para a queda.

Com o resultado, o recuo do dólar já soma 6,71% em seis sessões e supera a última grande perda de 5,71% acumulada em sete pregões, entre 30 de março até 8 de abril de 2015.

Com os problemas políticos internos em segundo plano, os agentes financeiros trabalham com expectativas de ingressos de fluxo cambial, em meio à emissão de US$ 1,250 bilhão da Vale e de US$ 500 milhões em bônus de cinco anos da Eldorado Brasil. A Cosan está sondando também o mercado externo.

 

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