Com forte queda no consumo, a tradicional sorveteria argentina Freddo, que pertence a vários grupos de investidores, começou a mudar seu negócio, segundo informou o jornal argentino La Nacion.
A marca de sorvetes artesanais vai fechar sua loja no bairro de Balvanera, em Buenos Aires, onde trabalham cerca de 60 pessoas, e terceirizará a produção de sorvete. A empresa vai deixar de ter lojas próprias, optando por franquias - das quase 120 sorveterias da marca, cerca de 20 são próprias.
A ideiaé manter o prestígio da marca e os esforços de marketing, fabricação, compra de insumos e transporte de sorvetes. Segundo o jornal, a associação de funcionários da sorveteria disse que os rumores sobre a situação da empresa começaram em maio.
Em comunicado, a Freddo informou que decidiu começar a mudar o negócio, "para fortalecer a marca e torná-la ainda mais competitiva a nível mundial. Freddo vai se concentrar no que sabe fazer melhor: levar aos consumidores o melhor sorvete premium do país, como faz há mais de 50 anos".
De acordo com o site da marca, a Freddo tem hoje 150 lojas no mundo: além da Argentina, no Uruguai, Paraguai, Bolívia, Chile, Reino Unido, Estados Unidos e Brasil.
No texto enviado ao La Nacion, a empresa diz que a mudança não deve afetar a quantidade de pessoas que trabalham na Freddo: "Através da rede de franquiados (a empresa) facilitará a reinserção dos trabalhadores que queiram seguir com a marca".
O comunicado diz ainda que a sorveteria vai buscar abrir 50 novas unidades nos próximos 24 meses para consolidar sua liderança no mercado. Segundo o jornal, fontes da Freddo disseram que a empresa está negociando a situação dos trabalhadores da unidade que será fechada.