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Metade trabalha em pequenas empresas

Proporção de trabalhadores em grandes companhias caiu de 30,5% em 2014 para 26% em 2016

Por Daniela Amorim (Broadcast)
Atualização:

RIO - Em meio à deterioração do emprego e à extinção de milhões de vagas, os pequenos empregadores ganharam ainda mais relevância no mercado de trabalho brasileiro. Metade das pessoas ocupadas no País (50,1%) trabalhava em empreendimentos de pequeno porte em 2016, que possuem de uma a até cinco pessoas empregadas, segundo os dados da Síntese da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgada nesta quarta-feira, 18, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 

++IBGE aponta queda no número de trabalhadores sindicalizados

Em 2015, a fatia de ocupados nos pequenos empreendimentos era de 48,1%. Em 2014, período pré-crise, esse porcentual já era relevante, mas consideravelmente mais baixo, 46,6% dos ocupados estavam nos pequenos empregadores. 

Mais da metade das pessoas ocupadas no País em 2016, 50,1%, trabalhava em empreendimentos de pequeno porte Foto: Márcio Fernandes/Estadão

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Ao mesmo tempo, a proporção de trabalhadores trabalhando em grandes empreendimentos, que empregavam 51 pessoas ou mais, encolheu de 30,5% em 2014 para 29,0% em 2015, passando a 26,0% em 2016. 

As empresas de grande porte enxugaram mais a força de trabalho durante a crise e perderam representatividade como empregadores em relação ao início da série histórica, em 2012, em todas as regiões do País. Por outro lado, os pequenos empreendimentos fizeram o movimento oposto, com crescimento em todas as regiões em 2016 ante 2012.

Essa perda de relevância de grandes empresas como empregadores de mão de obra pode ter explicação na redução da produção industrial, primeiro setor da economia a sentir os efeitos da crise, apontou o IBGE. A redução do parque industrial também pode estar por trás de outro efeito, o da redução na sindicalização.

O número de sindicalizadas encolheu no País nos últimos anos. Em 2016, 16,9 milhões de pessoas ocupadas ou que já tinham trabalhado estavam associadas a algum sindicato. Em termos porcentuais, foi o menor patamar da série histórica, iniciada em 2012. A fatia de sindicalizados passou de 13,6% em 2012 para 13,4% em 2014, recuando a 12,1% em 2016.

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