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‘Com retomada da economia, Brasil está ficando mais bonito na foto’

Para vice-presidente executivo do Santander, há espaço para mais investidores no País

Por Monica Scaramuzzo
Atualização:

Em meio a um cenário de possível retomada da economia brasileira, o Santander está com projeções otimistas para o País. Jean Pierre Dupui, vice-presidente executivo do banco, diz que “o Brasil começa a ficar bonito na foto”, depois de um período grande de recessão. “Há espaço para entrada de mais investidores no Brasil e o mercado de dívidas (debêntures) vai crescer em relação ao ano passado”, disse. Com a “invasão” de companhias chinesas no Brasil, Dupui está se adaptando à nova realidade e também começou a fazer um curso de mandarim.

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O sr. acredita que o pior momento da recessão já passou? O pior já passou. Não dá para dizer que temos um crescimento consolidado, mas o Brasil está ficando mais bonito na foto. Os mercados de capitais e de dívidas, além dos movimentos de fusões e aquisições, mostram que o Brasil voltou a ficar atraente.

Nos últimos dias, empresas chinesas anunciaram importantes aquisições no País. Esse movimento continuará?  A movimentação de investidores chineses continuará intensa, sobretudo em infraestrutura (incluindo energia). Há uma demanda natural de expansão em infraestrutura no Brasil. Esse é um setor que tem geração de caixa estável, com receita previsível.

Mas não é um setor com marco regulatório que inibe investimentos? O marco regulatório do setor de infraestrutura não é um impeditivo. O Brasil tem tamanho, oportunidade (de negócio) e retorno (do investimento).

O sr. vê sinais claros de retomada de crescimento para o País? Está cada vez mais clara essa tendência. Se consolidada a atual doutrina econômica, independentemente do candidato para as eleições de 2018, teremos a volta do crescimento. O banco, por exemplo, retomou os financiamentos imobiliários, movimento que não se via há muito tempo, o que é um bom sinal.

Quais os setores que estão atraindo maiores investimentos? Além de infraestrutura, sobretudo energia, os setores de agronegócio e educação estão atraindo investimentos não só de chineses, mas de vários grupos estrangeiros.

Quais são os principais indicadores? Somente o banco tem 25 mandatos de emissão de bonds (dívidas) no mercado de capitais local. Para 2017, deve movimentar cerca de R$ 50 bilhões (mercado local), ante R$ 35 bilhões em 2016. O mercado de título internacional deve atingir US$ 30 bilhões. Até julho, foram US$ 17 bilhões. Em 2016, ficou em torno de US$ 20 bilhões. 

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