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Com segunda onda de covid e eleições dos EUA no radar, mercados internacionais têm manhã instável

Avanço do coronavírus, principalmente nos EUA e na Europa, continua prejudicando o apetite por risco

Foto do author Aline Bronzati
Por Sergio Caldas e Aline Bronzati (Broadcast)
Atualização:

As Bolsas da Ásia fecharam sem direção única nesta quarta-feira, 28, à medida que investidores demonstram cautela diante da alarmante propagação da covid-19 nos Estados Unidos e na Europa, além das incertezas ligadas à eleição presidencial americana, que será na próxima semana. 

Mercado de açoes do Japão Foto: Kazuhiro Nogi/AFP

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O avanço do coronavírus, principalmente nos EUA e na Europa, continua prejudicando o apetite por risco. Na terça-feira, 27, os EUA registraram a média diária de 70.289 novos casos de covid-19, considerando-se os últimos sete dias. Trata-se do maior nível por essa métrica desde o início da pandemia. Já em várias partes da Europa, governos vêm reforçando medidas de restrição numa tentativa de conter a doença.

O ambiente também é de cautela antes da eleição presidencial dos EUA, marcada para o dia 3. A Casa Branca e a oposição democrata ainda não conseguiram superar o impasse em torno de um novo acordo fiscal para lidar com os impactos da covid-19 e, segundo o senador republicano Richard Shelby, as chances de um pacote de alívio ser aprovado antes da disputa eleitoral são "muito, muito pequenas".

Bolsas da Ásia 

O índice acionário japonês Nikkei caiu 0,29% em Tóquio, a 23.418,51 pontos, pressionando por ações dos setores imobiliário e de seguros, enquanto o Hang Seng recuou 0,32% em Hong Kong, a 24.708,80 pontos, e o Taiex registrou queda de 0,63% em Taiwan, a 12.793,75 pontos, mas o sul-coreano Kospi avançou 0,62%, a 2.345,26 pontos.

Na China continental, os mercados tiveram alta generalizada pelo segundo pregão consecutivo, recuperando-se de perdas recentes. O Xangai Composto subiu 0,46%, a 3.269,24 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,68%, a 2.239,11 pontos.

Na Oceania, a Bolsa australiana teve ganho marginal e evitou um quinto pregão seguido de perdas, graças ao bom desempenho de ações de tecnologia. O S&P/ASX 200 avançou 0,11% em Sydney, a 6.057,70 pontos. 

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Bolsas da Europa 

As Bolsas da Europa operam em forte baixa na manhã desta quarta-feira, com os investidores temendo os possíveis estragos de uma segunda onda pandêmica nas economias com o aumento de casos exigindo medidas mais duras para contê-la. A proximidade das eleições americanas, em 3 de novembro, também acentua o nervosismo dos mercados, que já vinha sendo nutrido pela delonga nas negociações para a aprovação de um novo pacote fiscal nos Estados Unidos.

No terceiro pregão de baixa, as ações europeias acompanham os futuros de Nova York, também em queda enquanto na Ásia, as Bolsas fecharam sem direção única. Às 7h05, no horário de Brasília, o índice Stoxx-600 caía 1,74%, a 346,46 pontos - embora tivesse desacelerado o ritmo de queda desde a abertura. Ainda assim, as ações europeias renovam o patamar de baixa, atingido no fim de maio, ainda na eminência da turbulência gerada pela pandemia.

No mesmo horário, o índice FTSE-100, de Londres, recuava 1,39%, e, em Frankfurt, o DAX baixava 2,73%. Na Bolsa de Paris, o CAC-40 tinha declínio de 2,48%, o FTSE-MIB, de Milão, queda de 2,54% e o IBEX-35, de Madri, de 1,54%. Em Lisboa, o PSI-20 tinha desvalorização de 0,91%. 

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Petróleo 

Os contratos futuros do petróleo operam em baixa de até 3% na madrugada desta quarta-feira, revertendo ganhos da sessão anterior, após o American Petroleum Institute (API) estimar no fim da tarde de ontem que o volume de petróleo bruto estocado nos EUA deu um salto de 4,6 milhões de barris na última semana e em meio a temores de que o avanço da covid-19 nos EUA e na Europa prejudique a demanda pela commodity. Mais tarde, investidores vão acompanhar a pesquisa semanal do Departamento de Energia (DoE) sobre estoques americanos, que inclui números de produção. Às 4h57 (de Brasília), o barril do petróleo WTI para dezembro caía 3,01% na Nymex, a US$ 38,38, enquanto o do Brent para janeiro recuava 2,55% na ICE, a US$ 40,55. 

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