PUBLICIDADE

Com socorro, bolsas européias sobem forte e Ásia fecha em alta

Por Marcilio Souza e da Agência Estado
Atualização:

As bolsas européias operam novamente com forte valorização nesta manhã de terça-feira, 14, ainda sentindo o efeito das novas medidas dos governos globais para enfrentar a crise financeira mundial. Os mercados asiáticos também fecharam em alta acentuada. A Bolsa de Tóquio encerrou com alta diária histórica, 14,15%, o maior valor em quase 60 anos. Às 8h15 (de Brasília), o índice FT-100, da bolsa de Londres, subia 5,81%; em Paris, o CAC-40 avançava 5,63%, e em Frankfurt, o DAX ganhava 5,45%. Veja também: Bush anuncia compra de ações de bancos pelo Tesouro dos EUA Austrália e Japão anunciam novas medidas para conter crise Bush fará novo pronunciamento sobre economia nesta terça Plano europeu de socorro a bancos soma US$ 2,28 tri, diz 'FT' Em meio à crise, empresas têm que pagar US$ 15 bi ao exterior Europa vai garantir dívidas bancárias por até 5 anos Reino Unido vai resgatar seus 4 maiores bancos, diz jornal Como o mundo reage à crise  Confira as medidas já anunciadas pelo BC contra a crise Entenda a disparada do dólar e seus efeitos Especialistas dão dicas de como agir no meio da crise A cronologia da crise financeira  Na segunda, Reino Unido, Alemanha, França, Espanha e Itália disseram que vão investir dezenas de bilhões de libras e euros em fatias de bancos em dificuldades, além de oferecer centenas de bilhões em mais garantias com o objetivo de ajudar as instituições financeiras a ter acesso aos recursos que precisam para tocar seus negócios. Agora, a expectativa é que o governo norte-americano adquira fatias em nove das principais instituições financeiras do país como parte do novo plano para restaurar a confiança no sistema. "Esses esforços deverão garantir que nós evitemos um cenário de rápido declínio rumo à deflação, pedidos de concordata generalizados no setor bancário e uma recessão muito profunda e prolongada", disseram analistas do Société Générale. As ações deste, aliás, subiam 7% em Paris nesta manhã. Ontem o banco disse esperar obter lucro líquido no terceiro trimestre e reiterou que não prevê perdas significativas em suas atividades com produtos estruturados. Ainda no setor financeiro, a seguradora holandesa Aegon subia 19%, enquanto o alemão Deutsche Bank disparava 17%. Em Londres, Royal Bank of Scotland subia mais de 7%. Barclays, que ainda precisa detalhar seu aumento de capital, ganhava 12%. Standard Chartered e HSBC, que recusaram o investimento para recapitalização oferecido pelo governo, subiam 8,6% e 2,4%, respectivamente. Com o mercado em recuperação, os investidores conseguem voltar a dar um pouco de atenção aos balanços. Cadbury subia quase 7%, depois de anunciar aumento de 6% de suas vendas no terceiro trimestre. A cervejaria SabMiller, que registrou aumento de 3% de suas vendas no semestre até 30 de setembro, subia 0,93%. A fabricante alertou sobre as perspectivas cada vez mais incertas para o restante do ano fiscal, já que os custos mais elevados dos insumos se somam à demanda mais fraca. A mineradora Vedanta era um dos destaques de seu setor, em alta de mais de 12%. O grupo produziu volumes recordes de alumínio, zinco e minério de ferro em seu primeiro semestre fiscal, terminado em 30 de setembro, mas disse que a produção de cobre diminuiu por causa de fechamentos para manutenção. Outras mineradoras também avançavam, como BHP Billiton (+10%). As informações são da Dow Jones e do Financial Times. Ásia Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 4,37% e a bolsa sul-coreana fechou com alta de 6,14%. O principal índice da Bolsa de Valores australiana fechou em 3,7%, depois que o primeiro-ministro do país, Kevin Rudd, anunciou um pacote de estímulo à economia no valor de US$ 7,3 bilhões. (com BBC Brasil)

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.