RIO - Quatro de um total de 7 diretores da Petrobrás vão deixar a empresa no mês que vem junto com o atual presidente, Roberto Castello Branco. Os executivos informaram ao conselho de administração da companhia, nesta quarta-feira, que não querem compor o time do novo comando da estatal, que passará a ter na liderança o general do Exército Joaquim Silva e Luna.
Indicado pelo presidente Jair Bolsonaro, o militar vai assumir a cadeira de Castello Branco assim que tiver o nome aprovado pelos acionistas em assembleia geral extraordinária (AGE), marcada para 12 de abril. A indicação do general foi anunciada após dias de severas críticas de Bolsonaro à política de preços dos combustíveis da Petrobrás.
O episódio culminou na demissão de Castello Branco pelas redes sociais, o que desagradou parte do conselho de administração - quatro membros do colegiado não vão renovar seus mandatos - e da diretoria.
Entre os executivos que vão deixar a Petrobrás, estão dois da linha de frente da petrolífera: a diretora financeira, Andrea Almeida, e o de Exploração e Produção, Carlos Alberto Oliveira. Andrea fez carreira na mineradora Vale e ingressou na empresa a convite do presidente. Já Oliveira é funcionário de carreira da estatal, tendo ocupado cargos de chefia em diversas gestões, de diferentes governos.
Além deles, o diretor de Comercialização e Logística, André Chiarini, e o diretor de Desenvolvimento da Produção, Rudimar Lorenzatto, comunicaram que não querem fazer parte do time de Luna.
"Os diretores executivos informaram não tratar-se de ato de renúncia e que estão comprometidos a cumprir rigorosamente com todos os seus deveres e obrigações até a posse de seus respectivos sucessores", afirmou a Petrobrás, em nota.