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Com vitória de Bush, petróleo reduz queda; no Brasil, Bolsa sobe

Por Agencia Estado
Atualização:

No início da tarde de hoje, o candidato democrata John Kerry admitiu que perdeu para o presidente George W. Bush a disputa para a Casa Branca. O mercado de petróleo reagiu: os contratos futuros negociados em Nova York, que estavam em forte queda em função dos bons números dos estoques do produto nos EUA, reduziram a baixa. O contrato do petróleo cru para dezembro recua 0,64%, para US$ 49,25 por barril, na Nymex (bolsa dos Estados Unidos). Na International Petroleum Exchange em Londres, o contrato do petróleo brent para dezembro cede 0,97%, para US$ 46,10 por barril. A avaliação do mercado de petróleo é que a vitória do presidente dos EUA deverá manter o preço do produto em alta, dado que sua plataforma de política internacional é mais agressiva. Além disso, há ligações do Partido Republicano (do presidente Bush) com o setor petrolífero. Já as bolsas norte-americanas reagiram bem. A idéia é que as empresas seriam favorecidas pela manutenção dos benefícios fiscais. O Dow Jones - índice que mede o desempenho das ações mais negociadas na Bolsa de Nova York - estava em alta de 1,50% e a Nasdaq - bolsa que negocia ações do setor de tecnologia e Internet - operava em alta de 1,49%. No Brasil, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) acompanhou o mercado de ações norte-americano. Às 14h38, a Bovespa opera em alta de 2%. O dólar comercial está no patamar mínimo desta quarta-feira, vendido a R$ 2,8270, em baixa de 0,91% em relação aos últimos negócios de segunda-feira. Mercado comemora eleição definida Durante a manhã, o mercado financeiro já antecipava a possível vitória de George W. Bush. Em entrevista à editora Regina Cardeal, o economista-chefe do Citibank, Carlos Kawall, afirmou que a reação dos mercados não era motivada pelo fato de o presidente Bush estar liderando a apuração dos votos nos EUA, mas ao cenário de que sua provável vitória não daria margens a contestações. "A grande ansiedade dos mercados era se a longa indefinição dos resultados da eleição de 2000 iria se repetir", disse Kawall. Segundo ele, não há no mercado uma visão muito positiva em relação a uma vitória do republicano Bush ou do democrata John Kerry. Não há motivo para imaginar qualquer mudança drástica nos EUA em caso de vitória de Kerry. O que os mercados temiam era que a apuração desse margem a questionamentos na Justiça como ocorreu em 2000, quando o resultado final da eleição ficou indefinido por cerca de um mês, afirmou o economista.

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