Ao lembrar de sua saída da Petrobrás na esteira da greve dos caminhoneiros de maio, Pedro Parente, ex-presidente da estatal, classificou como uma lição importante comandar a companhia que teve de enfrentar uma crise de abastecimento de combustível sem precedentes.
Durante participação no evento com investidores que a XP realizou nesta sexta-feira, 21, em São Paulo, Parente, atual presidente da BRF, negou que a gestão da Petrobrás tenha “baixado a guarda” após a retomada de valor de mercado. Mas frisou que a experiência mostrou que apenas planejamento estratégico não é suficiente. O foco, comentou, também precisa se dar sobre a cultura organizacional.
O executivo disse que renunciou à presidência da Petrobrás para preservar a empresa, já que os ataques à política de preços estavam centrados nele. Provocado a dizer o que pensa sobre a ideia de privatização da Petrobrás, Parente defendeu que a discussão não seja ideológica ou dogmática.
Segundo o executivo, ser estatal acarreta um pesado custo de burocracia para a Petrobrás, mas o debate sobre privatização não pode ignorar a missão da empresa de garantir o abastecimento do País.