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Começa na Basiléia encontro de presidentes de BCs

Por ANDREI NETTO
Atualização:

Ainda tendo como tema central a crise imobiliária dos Estados Unidos, começou hoje na Basiléia, na Suíça, o encontro do Banco de Compensações Internacionais (BIS), do qual participam presidentes de bancos centrais de países industrializados e emergentes - incluindo o Brasil. A expectativa é que as previsões de desaquecimento, ou mesmo de recessão, na economia internacional sejam o tema central das discussões, que tiveram início às 12h30 (9h30 de Brasília). Os debates mais uma vez se realizam a portas fechadas. Até o momento, nenhum dos convidados falou à imprensa. A exceção foi o presidente do Banco Central polonês, Slawonir Skrzypek, que se disse preocupado com a situação do mercado mundial. "O que me preocupa agora é a inflação oriunda de custos agrícolas e de commodities. Neste momento estamos um pouco acima do nosso alvo e em 2008 esperamos voltar à meta." O presidente do Banco Central do Brasil, Henrique Meirelles, deixou seu hotel e chegou pouco após o horário previsto à sede do BIS. No trajeto, ele não quis fazer comentários nem sobre sua expectativa para a reunião nem sobre a informação de que o BC estaria satisfeito com o pacote de medidas fiscais anunciado pelo governo na quarta-feira para compensar a perda da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). O conjunto de medidas prevê o corte de R$ 20 bilhões em despesas e investimentos públicos e o aumento de R$ 10 bilhões na arrecadação por meio da elevação das alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL). As duas medidas se somariam ao aumento de R$ 10 bilhões na arrecadação - previsto em razão da estimativa de crescimento de 5% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2008 - para compensar a perda de R$ 38 bilhões do Orçamento gerada pela extinção da CPMF.

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