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Comércio acredita que juros poderiam ter caído

Por Agencia Estado
Atualização:

Para a Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio), o Comitê de Política Monetária (Copom) não deveria ter aumentado mais uma vez a taxa básica de juros da economia, a Selic. A entidade afirma que as últimas elevações já foram mais do que suficientes para desacelerar a economia e influenciar os preços livres, que estão caindo. "Sem dúvida, o crescimento do comércio em 2005 será abaixo do potencial. Já observamos, pelas nossas pesquisas, que os consumidores estão menos otimistas em relação à situação econômica e menos dispostos a contrair novas dívidas, o que vai se refletir na redução do consumo, hoje fortemente apoiado no crédito", afirma Abram Szajman, presidente da Fecomercio. Para Szajman, que já reviu o crescimento do comércio paulista de 4% para 3% neste ano, corre-se o risco de a economia desacelerar mais do que o necessário, por conta do efeito defasado das taxas de juros. "Parece que o Banco Central está fazendo política monetária olhando para trás, ao invés de mirar nas expectativas. Além da queda dos preços livres, também estão caindo os das commodities e o do petróleo e as tarifas públicas vão deixar de pressionar", analisa o Presidente da Fecomércio.

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