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Comércio critica juro alto e cobra controle de gastos públicos

"Ao impor juros exagerados, por um lado, e ausência de ações efetivas no sentido de recompor a capacidade de investimento do setor público, está limitando de forma incisiva o potencial de crescimento do País, mesmo diante de um cenário mundial extremamente favorável", salientou a entidade.

Por Agencia Estado
Atualização:

A divulgação do resultado do Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre provocou hoje preocupação do setor de comércio paulistano, as já tradicionais críticas à política econômica e, principalmente, cobranças de um modelo atualizado de controle de gastos públicos. Em comunicado divulgado à imprensa, a Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio) destacou que a condução econômica estaria limitando "de forma incisiva" o crescimento do País e que "recentes recordes no superávit primário serão irrelevantes, se o setor público não adotar rapidamente um novo modelo de ajuste nas contas". "Ao impor juros exagerados, por um lado, e ausência de ações efetivas no sentido de recompor a capacidade de investimento do setor público, está limitando de forma incisiva o potencial de crescimento do País, mesmo diante de um cenário mundial extremamente favorável", salientou a entidade. Poucos investimentos De acordo com a nota da Fecomercio, enquanto o governo gasta mais de 8% do PIB em juro - e mais de 14% se considerados os juros pagos pelas famílias e pelas empresas - e arrecada o equivalente a mais de 37% das riquezas produzidas no País, os investimentos do setor público não ultrapassam 1,2% do PIB. Na avaliação da Fecomercio, o novo modelo de controle dos gastos públicos teria que ser feito a partir da diminuição da quantidade e melhoria da qualidade das despesas. Como resultado, a entidade analisou que haveria um benefício duplo: menor necessidade de financiamento junto ao setor financeiro, o que contribuiria para a queda do juro e do custo da dívida; e redução da carga tributária. "Só desta forma seria possível um novo ciclo de crescimento de longo prazo. Outras soluções serão apenas remendos de curto prazo para fazer frente aos problemas de caixa, que, ao final, seriam resolvidos via inflação ou calote da dívida pública", afirmou, em nota, o presidente da Fecomercio, Abram Szajman.

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