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Comércio espera queda de 5% nas vendas de Natal

O consumidor deve, no Natal deste ano, concentrar suas compras em produtos com valor unitário mais baixo, o que deve afetar um pouco a comercialização de bens duráveis.

Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente da Federação do Comércio de São Paulo (Fecomércio), Abram Szajman, espera uma queda de 5% nas vendas de Natal em relação ao ano passado. Entretanto, para Szajman, o desempenho vem dentro das expectativas e ainda é razoável se comparado a 2004. "Ano passado, com a introdução do (crédito) consignado e a expansão forte do crédito, foi um período relativamente bom e atípico", disse, para justificar que uma redução nas vendas neste ano é reflexo de uma diminuição do ritmo de expansão creditícia do País. Segundo Szajman, o consumidor deve, no Natal deste ano, concentrar suas compras em produtos com valor unitário mais baixo, o que deve afetar um pouco a comercialização de bens duráveis. "As pessoas se anteciparam muito com os recursos do consignado e compraram muitos bens duráveis. É evidente que, com essa taxa de juros, é um setor que vai ter um desempenho menor do que podíamos imaginar", afirmou ressaltando que uma recuperação expressiva nas vendas de duráveis só virá com um aumento prolongado da venda e do emprego e, por conseguinte, da capacidade de endividamento do consumidor. Szajman, que participou hoje de um seminário da Fecomércio dedicado a discutir o cenário econômico para 2006, afirmou também que as vendas esperadas para o próximo ano devem vir em linha com as verificadas ao longo de 2005. "Se a renda subir e a taxa de juros cair mais do que esperamos, vamos ter venda bastante importante". Para o presidente da Fecomércio, o acirramento político que virá com as eleições presidenciais em 2006 também não é um grande fator de preocupação no comércio. "Não acredito que o consumidor vai fugir das vendas. Como o mercado não aumenta, deve haver um aprofundamento na briga para conquistar o cliente", finalizou.

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