Todavia, ao confrontar os dados de junho deste ano com os de 2015 e analisar os cenários em que foram obtidos, de recessão e taxa de câmbio favorável às exportações, verifica-se queda de 19,3% nas importações e redução de estratosféricos 18,6% nas exportações.
A diminuição do montante de importações é justificável, mas a queda das exportações constitui uma desagradável surpresa, pois teve a forte “colaboração” dos produtos manufaturados, que mostraram queda de 21% em junho, similar à queda de 21,7% apresentada pelos produtos básicos provocada pela redução de preços.
Os dados de junho preocupam, pois com a recente valorização do real, certamente haverá mais dificuldades para exportar produtos manufaturados e mais facilidades para importar, impactando negativamente a corrente de comércio, o superávit comercial e a atividade comercial.
*Presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB)