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Comércio exterior está encolhendo

Se os dados da balança comercial do mês de junho fossem analisados sem comparação com o passado eles seriam considerados positivos, pois mostram exportações de US$16,8 bilhões, importações de US$12,8 bilhões e robusto superávit de US$4 bilhões.

Por José Augusto de Castro
Atualização:

Todavia, ao confrontar os dados de junho deste ano com os de 2015 e analisar os cenários em que foram obtidos, de recessão e taxa de câmbio favorável às exportações, verifica-se queda de 19,3% nas importações e redução de estratosféricos 18,6% nas exportações.

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A diminuição do montante de importações é justificável, mas a queda das exportações constitui uma desagradável surpresa, pois teve a forte “colaboração” dos produtos manufaturados, que mostraram queda de 21% em junho, similar à queda de 21,7% apresentada pelos produtos básicos provocada pela redução de preços.

Os dados de junho preocupam, pois com a recente valorização do real, certamente haverá mais dificuldades para exportar produtos manufaturados e mais facilidades para importar, impactando negativamente a corrente de comércio, o superávit comercial e a atividade comercial.

*Presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB)

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