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Comércio online avança de forma mais rentável

O dado que merece mais destaque é o aumento do gasto ou tíquete médio do consumidor que vinha caindo, mas se recuperou na primeira metade de 2017

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Por Redação
Atualização:

O comércio eletrônico no País tem passado ao largo da crise econômica. Nos últimos anos vem registrando crescimento robusto. A tendência se manteve no primeiro semestre deste ano, quando as vendas online foram de R$ 21 bilhões. Esse valor é 7,5% maior do que o registrado no mesmo período de 2016, segundo o relatório Webshoppers, da Ebit. O dado que merece mais destaque é o aumento do gasto ou tíquete médio do consumidor que vinha caindo, mas se recuperou na primeira metade de 2017, indo para R$ 418, com aumento 3,5%. Também cresceu o número de pedidos que alcançaram 50,3 milhões no período considerado (aumento de 3,9%), o que evidencia mais confiança da massa dos consumidores quanto à evolução da economia.

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Outra mudança significativa é a menor oferta de frete gratuito, promoção que vinha sendo muito utilizada para alavancar as vendas em uma fase de retração do consumo em geral. A cobrança do frete havia se reduzido bastante, tendo chegado a 43% do total de vendas em 2015, para evitar queixas por parte do consumidor.

Agora, o ambiente permite que essa oferta diminua lentamente. Já está em 18% nas operações das maiores empresas da área, o menor nível da série histórica, iniciada em 2001. Esse tipo de promoção é mais comumente oferecido por empresas de pequeno porte. Na média, 38% do total das vendas do setor é hoje realizada sem cobrança de frete.

Observa-se também que a participação das vendas à vista teve um crescimento substancial, representando 48,2% do total do faturamento no primeiro semestre. Tais operações beneficiam o consumidor, pois são feitas frequentemente com desconto, mesmo se o pagamento for feito com cartões, mas também ajudam as empresas amenizando dificuldades de capital de giro.

Essas características contribuem para melhorar a rentabilidade dos milhares de empresas que atuam no e-commerce em todas as regiões do País. O movimento, no entanto, é concentrado nas grandes do setor, que respondem por 60% do total das vendas.

A expectativa do segmento é de que as vendas aumentem no segundo semestre, especialmente no período que antecede o Natal. O setor projeta fechar o ano com faturamento 10% superior ao de 2016 em termos nominais, mesmo com preços menores em decorrência da queda da inflação.

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