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Comércio paulista abandona comissão por vendas

Por Agencia Estado
Atualização:

A remuneração por comissão de trabalhadores do comércio não é mais a realidade da maioria dos profissionais da capital paulista. Cerca de 72,2% da mão-de-obra empregada em pequenas e médias empresas do setor recebe salário fixo. A maioria dos comerciários (55,7%) ganha entre dois e cinco salários mínimos. Perto de 36% ganham até dois salários mínimos e apenas 7% recebem mais que cinco salários. Os dados constam de uma sondagem realizada pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio-SP). Foram entrevistadas 300 empresas de pequeno e médio portes. O segmento que melhor remunera são as concessionárias de veículos, onde cerca de 25% dos funcionários ganham mais que cinco salários. Os menores ganhos ficam com os empregados de supermercados, onde apenas 0,7% dos trabalhadores atingem esta faixa de rendimento. A maioria (61,7%) recebe até dois salários e 37,6% ganham entre dois e cinco salários. Segundo a pesquisa, 68,3% tem entre 21 e 39 anos. "O mito de que o comércio é o primeiro emprego de muitas pessoas foi derrubado", disse o economista da entidade, Antônio Carlos Borges. Apenas 7,3% têm menos de 20 anos e 26%, mais de 40. Com relação à escolaridade o levantamento confirmou dados conhecidos. Ter nível superior é privilégio de apenas 8,5%. Pouco mais da metade da mão-de-obra do comércio (54,6%) chegou só até o nível médio e 36,9% possui apenas o ensino fundamental. Uma das reivindicações do setor é a criação de cursos e escolas que preparem profissionais. O comércio assumiu a posição de maior empregador do País há pouco tempo, ocupando o posto que até a década de 80 pertencia à indústria. A Fecomercio-SP defende a criação de uma espécie de agência reguladora, do qual participariam o setor público, empresários e trabalhadores a fim de formar os profissionais.

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