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Comércio paulista prevê contratar 100 mil até março

Por Agencia Estado
Atualização:

O comércio no Estado de São Paulo espera fechar o trimestre com 100 mil contratações, informou nesta quarta-feira o vice-presidente do Sindicato dos Empregados no Comércio de São Paulo, Ricardo Patah. Segundo ele, a cifra engloba tanto novas vagas como a efetivação dos empregados temporários contratados na época de Natal. Isso sem contar que as demissões em janeiro foram menores neste ano. As demissões de janeiro, aliás, vêm sofrendo decréscimo nos últimos anos. Foram registradas neste mês 2.100 homologações, contra 2.661 no ano passado, e 4.725 em 1998. "O comércio, sem dúvida, volta a ser um setor promissor neste ano", acredita. De acordo com Patah, os segmentos que mais contrataram temporários em 2001 foram os shopping centers de classe média e alta e os supermercados. Só na capital, a expectativa é que o número de contratações chegue a 20 mil neste início de ano. O Estado emprega hoje 1,2 milhão de comerciários, enquanto a cidade de São Paulo, 415 mil. "Nossa meta é alcançar a marca de 500 mil trabalhadores na ativa até o fim do ano", afirma. Para que isso aconteça, é preciso que o comércio continue crescendo nos próximos meses, a exemplo de janeiro, cujo aumento nas vendas deve ficar em torno de 4% em relação ao mesmo mês de 2001. A expectativa para fevereiro é de manter esse percentual. Na avaliação de Patah, o cenário parece mais favorável do que no ano passado, por causa do fim do racionamento, previsto para fevereiro, e das eleições no segundo semestre. Sem contar a agricultura, onde é esperada uma safra recorde neste ano, o que deve ter impacto imediato no comércio, com o aumento do consumo dos produtos agrícolas, cujos preços tendem a cair, além de uma maior procura por maquinário para o setor. "Mas ainda é preciso que seja um ano mais calmo, sem tantos conflitos internacionais, e que a Argentina resolva sua situação", pondera o vice-presidente do sindicato.

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