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Comércio prevê desaquecimento do setor com alta dos juros

Por Agencia Estado
Atualização:

Nota da Federação do Comércio de São Paulo (Fecomercio-SP) sobre a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que elevou a Selic, a taxa básica de juros da economia, de 16,25% para 16,75% ao ano, destaca que "os efeitos da elevação e mesmo da interrupção da trajetória de queda da Selic já podem ser notados. As taxas ao consumidor final voltaram a subir. O volume de crédito e os prazos de financiamento pararam de melhorar. Inevitavelmente, o comércio sofrerá com isso". De acordo com o presidente da entidade, Abram Szajman, as conseqüências das altas consecutivas da Selic neste segundo semestre poderão provocar uma desaceleração do crescimento do setor. Para a Fecomercio-SP, a alta da Selic "também não se justifica como forma de conter a inflação, que se tem mostrado sob controle". Além disso, segundo a entidade, não há pressão de demanda capaz de causar um aumento nos preços dos produtos. Comércio no RJ No Rio de Janeiro, a Federação do Comércio (Fecomercio-RJ) também divulgou nota na qual "considera a decisão do Copom de aumentar a taxa Selic em meio ponto percentual uma ameaça à melhora das vendas de fim de ano esperada por todo o segmento do comércio de bens e serviços". Segundo a nota assinada pelo presidente da entidade, Orlando Diniz, "a previsão de resultados melhores do que os do ano passado pode ser revertida, porque alta nos juros é sinônimo de redução da capacidade de compra do consumidor". A nota diz ainda que, para o setor do comércio de bens e serviços fluminense, "não há provas de que a inflação seja provocada por surto de demanda, até mesmo porque a demanda apenas começa a alcançar um nível mais consistente".

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