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Comissão aprova Orçamento argentino

Por Agencia Estado
Atualização:

O polêmico projeto de Orçamento para 2002 foi aprovado à noite pela Comissão de Orçamento e Fazenda da Câmara dos Deputados argentina com inúmeras mudanças e o pedido ao Executivo para que envie uma lei complementar sobre a pesificação. A comissão solicita o envio de um novo projeto de lei que detalhe amplamente todas as medidas relacionadas à pesificação, bem como o montante a ser pesificado e suas características. Os deputados querem dados claros sobre as compensações que o governo dará ao sistema financeiro para cobrir as perdas das dívidas pesificadas. A comissão não tocou num ponto crucial para que o Fundo Monetário Internacional feche um acordo com a Argentina: o corte de gastos relativos às transferências de recursos às províncias. No entanto, o secretário de Fazenda, Oscar Lamberto, afirmou que o "orçamento é perfeitamente conciliável" com os requisitos exigidos pelo FMI. O ministro de Economia, Jorge Remes Lenicov, advertiu os parlamentares que se opõem ao projeto. "Se existem pressões internacionais para a aprovação do projeto do Executivo é porque não entendemos a profundidade da crise", disse. Reformas Em sua primeira entrevista, concedida à uma rádio, após sua viagem aos EUA, o ministro Jorge Remes Lenicov destacou que o FMI "não quer saber se a Argentina dolariza ou pesifica sua economia, mas sim se vai fazer as reformas estruturais pendentes ou não". Neste contexto, ele admitiu que a equipe econômica trabalha na elaboração de uma reforma tributária e ressaltou que outras reformas, como a do Estado e a do regime de co-participação federal (repasse de verbas às províncias) são as mais importantes destacadas pelo FMI. Ele afirmou ainda que sonha com fim do "corralito" e que impedirá a hiperinflação com a política monetária que será aplicada daqui pra frente. "Sonho com este momento", admitiu completando que isso poderá ocorrer somente com a volta da confiança. "Não se consegue a confiança através de decreto, nem dizendo à população que creia em mim", disse o ministro. Leia o especial

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