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Comissária de Comércio da UE vê avanços na Rodada de Doha

Por DARREN ENNIS
Atualização:

A comissária de comércio da União Européia citou avanços feitos na Organização Mundial do Comércio (OMC) e disse na terça-feira que prevê uma reunião de nível ministerial sobre a Rodada de Doha, que se encontra paralisada, nas próximas três semanas. A comissária de Comércio da UE, Catherine Ashton, disse que há chances maiores de um avanço nas negociações comerciais mundiais hoje do que quando elas caíram por terra em julho, mas disse que, para que se possa chegar a qualquer acordo, será preciso maior flexibilidade da parte dos EUA e da Índia. "Deve haver uma reunião ministerial nas próximas três semanas", disse Ashton à Reuters em entrevista. "Estou mais de 50 por cento certa de que teremos uma reunião de ministros." "A impressão que estou recebendo de meu embaixador nas conversações é que elas estão começando a avançar em algumas questões detalhadas. Não há soluções ainda, mas progressos reais estão sendo feitos", disse ela, sem especificar as áreas em que teriam sido feitos avanços. Ao longo da última semana vêm crescendo as pressões políticas por uma reunião de ministros para acabar com o impasse nas frustradas negociações de livre comércio global, mas até agora os progressos obtidos pelos negociadores da OMC em Genebra pareciam ser escassos. Este mês o grupo G20 de países industrializados e em desenvolvimento pediu que o esboço de um acordo de Doha seja redigido até o final do ano. Os 21 países que integram a Cooperação Econômica Ásia-Pacífico --que incluem os Estados Unidos, China, Japão e Austrália --falaram ainda mais claramente no sábado, dizendo que seus altos representantes estão prontos a negociar um acordo de base. "A grande diferença entre julho e agora é a declaração do G20 e a vontade política presente em todo o mundo, ligada à queda econômica", disse Ashton. "É muito mais provável que possamos conseguir um avanço agora do que era em julho." A Rodada de Doha foi lançada na capital do Catar há sete anos para liberalizar o comércio mundial e ajudar os países em desenvolvimento a sair da pobreza. Mas as negociações para liberalizar o comércio foram congeladas em julho, quando EUA e Índia discordaram sobre medidas para proteger os agricultores de países pobres de um aumento grande nas importações.

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