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Comitê da Câmara dos EUA rejeita corte de subsídios

Por Gerson Freitas Jr
Atualização:

O Comitê de Agricultura da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos rejeitou por unanimidade o projeto do governo Barack Obama que previa um corte no subsídio dado aos produtores agrícolas. A proposta de eliminar os pagamentos diretos aos fazendeiros com faturamento anual superior a US$ 500 mil reduziria quase pela metade o programa de assistência aprovado no ano passado dentro da Farm Bill, a lei agrícola americana. O Comitê argumentou que qualquer tentativa de mudança no programa terá de esperar pela discussão da próxima Farm Bill, em 2012. "A legislação de 2012 estará aqui antes do que muitos imaginam. Quaisquer mudanças no programa de benefícios podem - e devem - esperar até lá", disse o Comitê de Agricultura em carta ao Comitê Orçamentário. O representante republicano no Comitê, Frank Lucas, ficou ao lado do presidente do Comitê, o democrata Collin Peterson, ao se posicionar contra o corte no orçamento agrícola em 2010. Lucas disse que a proposta, que poderia gerar uma economia de US$ 10 bilhões no programa de subsídios, é "mal concebida" e "ridícula". Pela Farm Bill 2008, o governo americano deve desembolsar, em cinco anos, US$ 26 bilhões com "pagamentos diretos" aos fazendeiros, uma modalidade de subsídio com valores fixos e sem qualquer relação com os ciclos de preço ou problemas de produção. Os produtores dos Estados Unidos também recebem subsídios com base nos preços de mercado, que são pagos pelo governo quando as cotações estão abaixo dos preços mínimos já estipulados.Os agricultores criticaram a proposta de corte do governo Obama. "Você não pode mudar as regras no meio de um jogo de basquete. Você também não pode mudar as provisões de uma Farm Bill que foi implementada há menos de um ano, com o apoio de mais de 500 organizações das áreas de nutrição, preservação e agricultura", disse Bob Stallman, presidente da American Farm Bureau Federation. As informações são da Dow Jones.

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