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Como escolher bem a sua faculdade

As notas do Provão, a tradição, a qualidade dos professores e das instalações físicas são os quesitos mais importantes para se avaliar uma boa faculdade, segundo especialistas. Os cursos devem ser reconhecidos e conceituados pelo MEC.

Por Agencia Estado
Atualização:

Cursar uma boa faculdade é um passo importante para o futuro profissional. Antes de escolher uma instituição de ensino superior, o estudante deve levar realizar uma pesquisa sobre a qualidade do ensino, a aceitação no mercado de trabalho e do reconhecimento dos cursos oferecidos pela faculdade ou universidade pelo Ministério da Educação (MEC). Especialistas recomendam ao estudante reunir o maior número de informações possíveis sobe as instalações, grade curricular e sobre o corpo docente antes de efetuar a matrícula. Outro critério muito importante na opção por uma faculdade ou universidade é a nota no Exame Nacional de Cursos, mais conhecido como provão, realizado anualmente pelo MEC. Criado em 1995, o provão começou a ser aplicado em 1996 nos cursos de Administração, Direito e Engenharia Civil. A cada ano, a Secretaria de Educação Superior (SESu) inclui novas disciplinas no processo de avaliação. Em 2001, serão avaliadas 22 carreiras. "O provão é um elemento para avaliar as melhores instituições de ensino superior do País. O exame serve para avaliar quais são os estudantes mais bem preparados para a carreira profissional e as faculdades que possuem a melhor qualidade de ensino", define a chefe de gabinete do SESu, Elvira Melo. Mas há algumas distorções, pois em muitas boas faculdades os alunos boicotaram o provão e elas obtiveram notas muito baixas. A chefe de gabinete do SESu ressalta que além de pesquisar a nota da instituição do Provão, o estudante que procura uma boa faculdade deve verificar se os cursos oferecidos pela instituições são reconhecidos pelo MEC e qual é o conceito destes cursos. "O MEC possui uma equipe de profissionais que avalia e conceitua a qualidade dos cursos. O estudante deve exigir da faculdade um catálogo com apresentação do curso, a nota de seu conceito e a prova de que é reconhecido pelo MEC", explica Elvira Melo. O conceito (A, B, C ou D) é fruto de uma avaliação das instalações físicas, do corpo docente e do projeto pedagógico da instituição de ensino. Instalações e concorrência por vagas são importantes indicadores O coordenador de orientação profissional do Colégio Bandeirantes, Roberto Nasser, acredita que o estudante não pode deixar para escolher uma carreira e a faculdade de sua preferência na última hora. "O jovem deve pesquisar com antecedência quais são as instituições que oferecem as melhores condições de ensino na disciplina de sua preferência", alerta. Nasser recomenda o estudante a pesquisar sobre histórico e tradição da faculdade, a qualidade dos professores, a conversar com ex-alunos da instituição e a visitar os laboratórios e instalações para recolher o maior número de informações possíveis sobre a faculdade escolhida. A concorrência por vagas nas disciplinas oferecidas também é um instrumento de avaliação de uma boa faculdade, segundo o pedagogo e coordenador de orientação profissional do Colégio Marista Arquidiocesano, Silvio Luis Bedani. "As melhores universidades e faculdades são as mais concorridas, com mais tradição", avalia. Ele também considera a nota no Provão como um bom instrumento para a escolha de uma boa instituição. "No Provão os alunos mostram através de suas notas a qualidade do corpo docente e do ensino prestado pelas faculdades", define. A professora e coordenadora de estágios e colocação no mercado profissional da Fundação Getúlio Vargas (FGV), Christina Larroudé de Paula Leite, alerta os estudante para fugir das faculdades que avaliam os alunos pelo histórico escolar sem exigir um exame ou vestibular. "O mercado profissional não vê com bons olhos as instituições que apenas abrem cursos para ganhar dinheiro. A qualidade de ensino destas faculdades é muito baixa", explica. A professora também lembra que nos cursos que não são reconhecidos pelo MEC, o aluno paga quatro ou cinco anos de estudo e pode ficar sem diploma.

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