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Como poupar para a viagem internacional

Uma viagem internacional normalmente consome uma grande parte das economias, requerendo, por isso mesmo, um planejamento cuidadoso. A poupança prévia protege o turista de surpresas, em especial, de oscilações na taxa de câmbio.

Por Agencia Estado
Atualização:

Uma das piores surpresas que um turista com planos de realizar uma viagem internacional pode ter é uma desvalorização cambial às vésperas de sua partida. Foi isso o que aconteceu com muitos em janeiro de 1999, quando o Real foi fortemente desvalorizado. Os analistas de mercado consideram a situação do câmbio bastante estável, sem quaisquer indicações de desequilíbrios ou problemas. Veja matéria a seguir sobre as perspectivas para o câmbio em 2000 e 2001. De qualquer forma, o preço do dólar é definido pela flutuação livre do mercado agora e o turista deve planejar sua poupança com cuidado, ou pode acabar trocando o destino planejado por um menos interessante, gastando o mesmo em reais, ou como muitos em 1999, por um pacote nacional. É o caso da psicóloga Mônica Loureiro, que planejava fazer um curso de inglês na Nova Zelândia. Com férias marcadas na época da desvalorização, acabou cancelando a viagem. "Eu fui para a agência no dia da desvalorização para pagar o pacote e tive de cancelar tudo" Para a bióloga Maria Luísa Jorge, a frustração foi não poder passar a lua-de-mel na África do Sul. "Acabamos indo para o sul do Chile, mas teríamos gastado a mesma coisa na África um mês antes." Planejar os gastos Quando o turista começa a pensar em fazer uma viagem internacional, deve fazer o cálculo de quanto será capaz de economizar até a data da viagem. Ao economizar uma parcela dos rendimentos a cada mês, deve avaliar qual a melhor opção para não ter surpresas. Se aplicar o seu dinheiro em fundos ou papéis com base no real, como poupança, renda fixa ou ações, o risco é maior. O rendimento até pode ser interessante, mas não tem ligação direta com a cotação do dólar. Outra opção é aplicar em fundos ou ativos ligados ao dólar. Para o economista-chefe do JP Morgan, Marcelo Carvalho, se o turista deseja se proteger de oscilações no câmbio, o mais indicado é mesmo comprar os dólares ao longo do ano, pois a rentabilidade que se pode ter com fundos cambiais é muito pequena e é prejudicada pela incidência de impostos. É mais simples é ir comprando os traveller checks no banco todo mês. O dinheiro poupado fica protegido, porque os travellers são garantidos contra perda ou roubo, mas a aplicação não rende juros. E se o preço do dólar cair, ele terá de amargar um prejuízo. Ao comprar dólares, ainda, o turista deve lembrar que não se deve revendê-los, pois a diferença entre as cotações de compra e venda são muito significativas, e o prejuízo só não será grande se o dólar subir muito. A passagem aérea deve ser comprada em reais. Se o viajante pretende usar o cartão de crédito para o pagamento de contas ou saques no exterior, não faz sentido manter dólares em espécie ou traveller checks. Veja nas matérias a seguir como proceder na compra da passagem aérea e como usar o cartão de crédito no exterior. Aplicações em fundos cambiais Outra opção é aplicar em fundos cambiais. Eles são indexados à variação do dólar mais uma taxa de juros normalmente inferior à das aplicações em reais. O problema é que paga-se 20% de imposto sobre o rendimento a cada mês, o que diminui o rendimento total da aplicação. O economista-chefe do banco Inter American Express, Marcelo Allain, concorda com Carvalho quanto à baixa rentabilidade dos fundos cambiais. Ele acredita que o câmbio não apresenta sinais para preocupação e recomenda que o turista aplique em fundos DI, de juros pós-fixados. Veja em matéria a seguir, perspectivas para o câmbio em 2000 e 2001.

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