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Compra das Casas Bahia anima negócios, mas Bovespa cai 1,04%

Dados favoráveis da fusão e do mercado de trabalho norte-ameriano não foram suficientes para alavancar bolsa

Por Claudia Violante e da Agência Estado
Atualização:

Esta sexta-feira, 4, foi de fortes emoções na Bovespa. Além de um payroll surpreendentemente muito melhor do que as estimativas, o que tirou momentaneamente o índice do negativo, os investidores também se deleitaram com a notícia da megafusão da Casas Bahia com o Pão de Açúcar. Tudo isso, entretanto, foi insuficiente para sustentar o índice no azul.

 

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A Bovespa recuou 1,04%, para 67.603,52 pontos. Na mínima, registrou 67.328 pontos (-1,44%) e, na máxima, em 69.361 pontos (+1,53%). Na semana, subiu 0,77%. No mês, acumula ganho de 0,83% e, no ano, de 80,04%. O giro financeiro totalizou R$ 7,356 bilhões. Os dados são preliminares.

 

O Ibovespa manteve na abertura desta sexta o sinal negativo do fechamento de quinta-feira, 3, na expectativa do que seria divulgado pelo Departamento do Trabalho norte-americano no final da manhã. Mas a espera não foi enfadonha: a notícia de que o Pão de Açúcar comprou a Casas Bahia animou os negócios, fazendo disparar as ações da rede supermercadista e também da Globex, sua controlada.

 

Pelo anúncio feito pelas empresas, o Pão de Açúcar assumirá a Casas Bahia por meio da Globex, controladora da rede Ponto Frio, adquirida por ela recentemente, e ficará com 50% mais uma ação, enquanto a Casas Bahia terá, por enquanto, 47,84% das ONs e 2,21% das PNs. A intenção de ambas, segundo comunicado, é que a Casas Bahia atinja uma participação de 49% no capital votante da Globex.

 

Na associação, também serão consolidados, em uma ou mais sociedades, os negócios de comércio eletrônico de bens duráveis na Nova PontoCom, que hoje são explorados por Globex, Casas Bahia e Pão de Açúcar. Isso acabou pesando sobre as ações da sua principal concorrente do setor: B2W ON perdeu 4,77%, na maior queda do índice, enquanto Pão de Açúcar PNA liderou as altas, com 9,73%. Globex ON disparou 28,36%.

 

Apesar dos números gigantes da operação, este negócio não teve força para conduzir o Ibovespa, que apesar dos números bastante favoráveis sobre o mercado de trabalho norte-americano, voltou a cair no início da tarde e seguiu assim até o final.

 

O mercado de trabalho dos EUA perdeu apenas 11 mil vagas em novembro, o melhor resultado desde dezembro de 2007, enquanto a previsão era de -125 mil vagas. Além disso, a taxa de desemprego, que estava em 10,2% e para a qual a expectativa era de manutenção, recuou a 10%.

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Com dados tão favoráveis em mãos, indício de que a economia está se recuperando mais rápido do que o previsto, os investidores anteciparam a expectativa do início do ciclo de aperto da taxa de juros. O dólar também passou a se fortalecer diante dos fatos. E, na troca de ativos, as commodities é que foram para a fogueira. Daí a fraqueza do Ibovespa, que virou puxado pelas blue chips, embora a queda depois tenha se espalhando numa oportuna realização dos lucros acumulados.

 

Às 18h19, o Dow Jones subia 0,13%, o S&P aumentava 0,39%, e o Nasdaq subia 0,78%. Também foi conhecido por lá o dado de encomendas à indústria, que mostrou expansão de 0,6% em outubro na comparação com setembro, ante previsão de estabilidade.

 

Na Nymex, o contrato do petróleo para janeiro terminou em baixa de 1,29%, a US$ 75,47 o barril. Petrobrás ON perdeu 2,02% e PN, 2,29%. Vale ON recuou 1,84% e PNA, 2,25%. O setor siderúrgico caiu em bloco: Gerdau PN, -1,04%, Metalúrgica Gerdau PN, -0,28%, Usiminas PNA, -0,49%, e CSN, -1,03%.

 

Além de Pão de Açúcar na liderança, as maiores altas do Ibovespa também ficaram com Cesp PNB (+3,16%) e TAM PN (+2,55%). Na outra ponta, B2W foi a maior perda, seguida Celesc PNB (-4,37%) e Redecard ON (-3,45%).

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