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Compra de ações tem custos diferentes

A compra de ações na Bolsa pode ser feita por meio de corretoras ou fundo de ações. Há custos diferentes nas duas formas de aplicação. Além disso, a escolha dos papéis também apresenta qualificações diferenciadas.

Por Agencia Estado
Atualização:

O investimento em ações é recomendado para pessoas que querem diversificar parte de sua poupança e, para essa parcela de recursos, não tem uma data definida para resgate. Analistas destacam que o principal motivo para essa recomendação é que o preço de muitos papéis na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) está em patamares muito baixos, se consideradas as condições das empresas e as perspectivas econômicas para alguns setores. Dessa forma, haveria possibilidade de ganho elevado com a aplicação. Porém, o que definirá um resultado mais expressivo para quem decidir entrar nesse mercado é a escolha das melhores opções de investimento entre os papéis negociados na Bovespa. Isso pode ser feito pela compra direta de ações por meio de corretoras ou por meio de um fundo de ações. "A escolha por um ou outro caminho deve levar em conta o nível de informações que se tem sobre as empresas, os setores e as condições econômicas que influenciam a Bolsa. Além disso, o investidor deve avaliar os custos de cada opção", afirma o gestor de renda variável do ABN Amro Asset Management, Ricardo Schneider. Custos No caso da compra direta de ações por meio de uma corretora, a pessoa interessada pagará uma taxa de corretagem, que geralmente é de 0,5% sobre o valor da negociação. Nessa operação, o investidor também paga uma taxa de emolumentos à Bovespa e a porcentagem de 0,035% incide sobre o valor da operação. Como o custo da compra direta de ações incide sobre o valor de cada operação, quanto mais vezes o investidor troca de papel, ou seja, gira sua posição em ações, maior o seu custo. "Nesse caso, portanto, o menos oneroso seria uma escolha de ações bem feita para que não houvesse troca constante de papéis, o que é difícil para um investidor que não possui muitas informações e análises sobre empresas e setores", afirma Júlio Ziegelmann, da BankBoston Asset Management. Para o fundo de ações, o custo é a taxa de administração cobrada pelo gestor. Trata-se de uma porcentagem que incide mensalmente sobre o valor do patrimônio do investidor e, para grande parte das carteiras, gira em torno de 4% ao ano. Em alguns casos, o fundo pode ter um benchmark, ou seja, um referencial. Quando o desempenho do fundo fica acima desse benchmark, há a incidência de uma taxa de performance sobre o ganho que excede o resultado do referencial. Boa compra de ações exige conhecimento Outra diferença entre a compra direta de ações e um fundo é o volume negociado. "O fato é que mais recursos tendem a facilitar a diversificação da aplicação em vários papéis", afirma o diretor da BNL Asset Management, Claudio Lellis. Ele também destaca que na compra direta de ações, há o problema do lote padrão. Caso o dinheiro do investidor não seja suficiente para adquirir um lote, a solução, segundo Lellis, é negociar no mercado fracionário, onde o preço costuma ser mais elevado e a liquidez (facilidade de negociação) é geralmente menor. Veja nos links abaixo mais informações sobre o investimento em ações. Não deixe de ver também as dicas de investimento, com as recomendações das principais instituições financeiras, incluindo indicações de carteira para as suas aplicações, de acordo com o perfil do investidor e prazo da aplicação. Confira ainda a tabela resumo financeiro com os principais dados do mercado.

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