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Compras pela Internet exigem mais atenção

Procurar comprar em lojas recomendadas por pessoas que já utilizaram o serviço, fornecer o mínimo possível de dados pessoais e imprimir o e-mail de conformação do pedidos são dicas dos órgãos de defesa do consumidor.

Por Agencia Estado
Atualização:

Cada vez mais os consumidores buscam comodidade na hora de fazer suas compras. Com isso, os sites tornaram-se uma das ferramentas mais atraentes para quem quer adquirir produtos sem precisar sair de casa. No entanto, técnicos das entidades de defesa do consumidor alertam para alguns cuidados que devem ser tomados por quem pretende fechar um negócio pela Internet. A facilidade de acessar a rede mundial e encontrar todos os tipos de lojas virtuais realmente é interessante, mas o comprador não deve esquecer que o sistema é um canal aberto e por isso todo cuidado é pouco, principalmente ao fornecer dados pessoais, diz a técnica de Programas Especiais do Procon-SP, Renata Saad. "Apesar de os sites trabalharem com métodos de segurança sofisticados, quanto menos dados fornecer, menor será o risco de o comprador enfrentar problemas futuramente." Segundo testes feitos pelo Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), o maior problema da compra virtual não está relacionado ao sigilo do banco de dados do comércio eletrônico, mas sim à devolução de produtos caso o cliente se arrependa da compra. De acordo com o Idec, é preciso ter muita paciência para receber o dinheiro de volta ou trocar a mercadoria (veja link abaixo). Vale lembrar, no entanto, que o comprador das lojas virtuais está amparado pelo Código de Defesa do Consumidor (CDC). A técnica do Procon explica que toda compra, mesmo que feita fora do estabelecimento comercial, pode ser cancelada no prazo de sete dias úteis, a contar da data da solicitação ou do recebimento do produto. "O pedido de devolução ou cancelamento deve ser feito por escrito e a empresa tem 30 dias para solucionar o problema", afirma Renata. Para evitar esse tipo de dor de cabeça, o consumidor deve optar por comprar produtos conhecidos e, principalmente, tomar cuidado ao preencher o cadastro de compra disponível nos sites. Outra dica é escolher os sites idôneos, que podem ser indicados por pessoas que já acessaram esses endereços. O consumidor não deve esquecer também de imprimir e guardar o e-mail de confirmação do pedido, pois este é o único documento que pode comprovar a realização da compra. É importante ressaltar, porém, que as normas do CDC só terão validade se o site fornecedor da mercadoria estiver situado no Brasil. Caso contrário, o cliente terá cobertura apenas da legislação do país onde a empresa está localizada. Vantagens Para driblar a desconfiança de alguns consumidores, os sites tentam concorrer com as lojas convencionais oferecendo rapidez e confiabilidade, além de parcerias com administradoras de cartões de crédito. A Visa, por exemplo, lançou o Programa Risco Zero, o qual garante transações seguras. Isso porque o assinante não expõe o número de seu cartão na rede, apenas informa a senha autenticada pela bandeira que vincula a negociação entre o consumidor e o comércio eletrônico. Programas de multifidelidade, como o Dotz.com, que premia os compradores com moedas virtuais correntes entre as maiores lojas web, também ganham adeptos entre os usuários. O acúmulo de pontos permite a troca por produtos oferecidos nesses endereços.

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