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Concessão de auxílio-doença pode ter atraso

Algumas agências do INSS estão adotando um sistema que permite a concessão do auxílio-doença imediatamente após a perícia médica. Porém, em alguns casos, os beneficiários têm problemas para receber o pagamento.

Por Agencia Estado
Atualização:

Ficar sem receber o benefício por meses seguidos, sem ter outra fonte de renda, ou, então, ser obrigado a se deslocar quilômetros de sua residência para submeter-se a uma perícia médica - por falta de médicos na região em que reside. Esses transtornos podem ocorrer para quem depende do auxílio-doença pago pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), em São Paulo. A chefe do Serviço de Benefícios da Gerência Executiva Pinheiros, Maria Rita da Costa Miranda Andrade, explica que os casos em que há atraso no recebimento são exceções e que o tempo médio para a concessão do benefício, na sua gerência, está em torno de 35 dias. Ela informa que 75% dos casos são pagos antes do prazo legal (45 dias) e que o atraso nos outros 25% ocorre, na maioria das vezes, porque faltou algum documento do segurado ou há informações incorretas. Maria Rita explica que a Agência de Pinheiros adota o Sistema de Administração de Benefícios por Incapacidade (Sabi), que permite a concessão do auxílio-doença imediatamente após a perícia médica, desde que o segurado apresente sua documentação em ordem. A diretora de Benefícios do INSS, Patrícia Audi, contesta a informação de que há falta de médicos. Segundo ela, em todo o Estado de São Paulo, há 1.004 médicos, sendo 468 do quadro do INSS e 536 credenciados. "O que existe é má distribuição e isso ocorre tanto na região metropolitana como no interior do Estado. Estamos tentando corrigir isso." Casos comprovam falhas A servente-geral Raquel Alves dos Anjos, 37 anos, conta que, na primeira vez que ficou afastada do serviço por motivo de saúde, permaneceu cinco meses sem receber o auxílio-doença. Ela deu entrada no pedido do benefício em outubro de 2000, mas só recebeu o primeiro pagamento em 19 de fevereiro. Na semana passada, ela estava na nova Agência da Previdência Social Pinheiros, para passar por nova perícia. Em situação idêntica está José Luís Ribeiro. Funcionário da Universidade de São Paulo (USP), Ribeiro quebrou um dedo da mão direita e deu entrada no pedido do auxílio-doença em 31 de janeiro. Até a semana passada, não havia recebido nenhum pagamento e a previsão é que seja o auxílio seja liberado no dia 24 desse mês. Pedidos podem ser feitos pela Internet Desde fevereiro, o auxílio-doença pode ser pedido pela Internet (www.previdênciasocial.gov.br). Mais informações sobre o benefício podem ser obtidas pelo telefone 0800-78-0191.

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