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Concessão de trecho da BR 393 deve sair em março

Por LEONARDO GOY
Atualização:

O ministro dos Transportes, Alfredo Nascimento, disse hoje que até o fim de março o governo deverá assinar o contrato de concessão do trecho da BR 393 da divisa de Minas Gerais com o Rio de Janeiro até a Via Dutra com a empresa espanhola Acciona. A assinatura desse contrato atrasou devido a ações judiciais. Hoje foram assinados, no Palácio do Planalto, os contratos de concessão dos outros seis trechos - cinco deles arrematados pela também espanhola OHL e o outro pelo consórcio brasileiro BR Vias. As assinaturas desses contratos devem ser publicadas amanhã no Diário Oficial. Assim, as empresas já poderão, a partir de amanhã, começar a atuar nas rodovias. O presidente da OHL Brasil, José Carlos Ferreira de Oliveira Filho, disse que algumas obras já podem começar amanhã, "mas a maior parte dos trabalhos deve ser iniciada na segunda-feira". Entre as rodovias que ficarão sob gestão da OHL estão a Fernão Dias (São Paulo-Belo Horizonte) e a Régis Bittencourt (São Paulo-Curitiba). Nos seis primeiros meses de concessão, as empresas não poderão cobrar pedágio e terão de se dedicar à execução de trabalhos básicos, como tapar buracos e consertar a sinalização. Segundo a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), nesses seis primeiros meses os investimentos das sete novas concessionárias deverão somar cerca de R$ 706 milhões. Na terça-feira (dia 19), a agência havia estimado que esses aportes chegariam a R$ 500 milhões. O número, porém, foi revisto em cerca de R$ 200 milhões. O ministro Nascimento aproveitou seu discurso na cerimônia de assinatura dos contratos para alfinetar o governo anterior. "Só para comparar, o pedágio mais caro dessas novas concessões é de R$ 2,94 (na BR 393) e, na Via Dutra (concedida em 1996, durante o governo Fernando Henrique Cardoso), por exemplo, a cada 100 quilômetros são cobrados R$ 7,80", disse Nascimento.

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