26 de fevereiro de 2015 | 02h05
As concessionárias de rodovias federais tinham acesso a um "empréstimo-ponte", de liberação rápida, para oferecer esses serviços e iniciar as obras de duplicação. Mas a Engevix, que venceu o último dos leilões do governo, foi pega no contrapé.
As investigações da Operação Lava Jato levaram o banco a segurar os empréstimos. Por enquanto, o caso da BR-153 é o único a apresentar problemas de execução, garantem técnicos do governo. Mas eles admitem que o impasse pode atrapalhar as demais concessões.
As empresas que arremataram rodovias em 2013 e 2014 e conseguiram o empréstimo-ponte deveriam, neste ano, obter o financiamento principal do BNDES para concluir as obras no prazo de cinco anos.
Mas o banco vive um dilema: se por um lado as obras devem prosseguir para não prejudicar os investimentos, por outro existem normas que precisam ser levadas em conta nos empréstimos. E grande parte das concessionárias está na mira da Lava Jato.
O governo analisa a situação, mas ainda não chegou a uma resposta. Consultada, a Engevix declarou que "tem dificuldades em tocar seus projetos, porém não paralisou nenhum até agora". Sobre a falta de pagamentos, a empresa informou apenas que "a situação é delicada", sem dar detalhes.
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