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Concorrência não será afetada com medida do aço, avalia Cade

Por Agencia Estado
Atualização:

A presidente do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Elizabeth Farina, afirmou hoje que a decisão do governo federal de zerar as alíquotas de importação de 15 tipos de aço será pouco efetiva em termos de concorrência. Destacando que as afirmações refletem uma avaliação pessoal, ela afirmou que o Brasil possui uma indústria siderúrgica eficiente e que o atual comportamento dos preços no mercado interno está diretamente relacionado ao cenário internacional. "Minha avaliação, como economista, é que essa medida é totalmente inócua. O Brasil é tremendamente eficiente nessa área, mas o preço no mercado internacional subiu muito", afirmou Elizabeth. "Não sei se essa mudança será efetiva, pois o preço do aço está muito aquecido no mercado externo. E não se trata de um problema do Brasil, mas sim um efeito da alta demanda na China", acrescentou. De acordo com Elizabeth, a idéia de zerar as alíquotas do aço só seria eficiente se o preço cobrado no mercado interno estivesse acima do preço internacional somado aos custos de internação do produto. Apesar de questionar a eficácia da medida, a presidente do Cade reconheceu que essa mudança serve como um sinal para que os grandes grupos do setor siderúrgico não aproveitem o atual cenário para ferir práticas concorrenciais adequadas. Pedidos O governo do Estado do Rio deve encaminhar no início da próxima semana requerimento ao governo federal para que seja incluída a indústria naval na lista dos beneficiados com a redução da alíquota de impostos sobre o aço. Segundo o secretário de Energia, Indústria Naval e Petróleo, Wagner Victer, o setor está se prejudicando na concorrência com estaleiros internacionais.

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