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Concorrente de Menem elogia Lula

Por Agencia Estado
Atualização:

Néstor Kirchner, candidato a presidente da Argentina, tem duas missões: uma é derrotar o ex-presidente Carlos Menem e, assim, acabar com sua aura de invencibilidade; a segunda é chegar à Casa Rosada, a sede do governo, para salvar a carreira política de seu padrinho, o presidente Eduardo Duhalde. Aos 53 anos, este presidenciável, ironizado pelos concorrentes pelos olhos estrábicos, língua presa e falta de carisma, espera ser o primeiro político originário da Patagônia a ocupar a cadeira presidencial. À saída de um dos comícios que fez nos últimos dias nos empobrecidos municípios da Grande Buenos Aires, Kirchner falou à Agência Estado sobre sua relação com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. AE - Como será sua convivência com o presidente Lula se o senhor vencer? Kirchner - Minha relação com Lula será muito boa. Para mim, é uma tranqüilidade que ele esteja no comando no Brasil. Mas não seria assim se o presidente eleito fosse Menem. Com Menem, o Mercosul terminaria. Isso é óbvio, já que, antes disso, Menem terminaria com a Argentina. AE - Menem foi prejudicial para a Argentina? Kirchner - Ele nos torturou durante muito tempo. Não cumpriu nada do que prometeu, entre essas coisas, o famoso "salariaço". Ele foi um bom empregado das empresas privatizadas. AE - Pretende aprofundar o Mercosul? Kirchner - Sim. Com Lula quero construir um espaço político para a América Latina. Juntos, poderemos ter mais força nas negociações com o resto do mundo. Sozinhos, sem a ajuda um do outro, seremos fracos. Leia o especial

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